Comprar em sites estrangeiros ou enviar presentes pelo correio ficou mais complicado. A suspensão de encomendas internacionais para os EUA, anunciada na terça-feira (26/08) pela União Postal Universal (UPU), envolve 25 países e ocorre em resposta às tarifas impostas pelo presidente norte-americano Donald Trump. A medida coincide com o fim da isenção para pacotes de até US$ 800 (R$ 4.300), que deixa de valer em 29/08.
Impacto direto em consumidores e empresas
Entre os países que suspenderam os envios estão Alemanha, França, Bélgica, Espanha, Índia e Austrália. Até que haja clareza sobre como serão aplicadas as novas regras alfandegárias, as encomendas internacionais ficam paradas. Isso afeta desde consumidores que compram em plataformas online até micro e pequenas empresas que dependem dos correios internacionais para acessar o mercado americano.
Custos mais altos e margens apertadas
Para consumidores, o resultado imediato é esperar mais e pagar mais caro. Para uma pequena marca de moda em Lisboa, por exemplo, enviar roupas para clientes nos EUA agora exige transportadoras privadas, encarecendo o frete e reduzindo a margem de lucro.
Debate sobre o tarifaço
Segundo Dani Rodrik, economista da Universidade de Harvard, a política de Trump é um “nacionalismo mal calibrado”. Ele alerta que, embora eleve a arrecadação no curto prazo, não gera empregos sustentáveis e pode acabar sendo autodestrutiva para a própria economia americana.
No curto prazo, a suspensão de encomendas internacionais para os EUA amplia custos logísticos, pressiona cadeias de suprimento e reforça a percepção de instabilidade no comércio global.









