Em regiões onde o solo castigado pelo clima costuma limitar a produção, qualquer tecnologia que reduza custos e aumente a produtividade faz diferença imediata. Foi nesse cenário que, na terça-feira (26/08), durante a abertura do Semiárido Show em Petrolina (PE), o governo lançou o programa BNDES Bioinsumos, com R$ 60 milhões destinados a cooperativas da agricultura familiar. A medida representa um avanço para expandir o uso de bioinsumos na agricultura familiar em todo o país.
Bioinsumos na agricultura familiar como alternativa sustentável
Produzidos a partir de microrganismos e resíduos orgânicos, os bioinsumos atuam na fertilidade do solo, reduzem o uso de agrotóxicos e fortalecem lavouras e sistemas aquícolas e florestais. Com apoio técnico da Embrapa, a iniciativa leva inovação agrícola diretamente às mãos dos pequenos produtores, integrando ciência e prática em favor da agricultura sustentável.
Do laboratório às cooperativas
O programa prevê a instalação de unidades industriais e semi-industriais para multiplicar bioinsumos acessíveis. Isso representa mais inclusão produtiva e renda rural. Imagine um horticultor do Ceará utilizando soluções biológicas locais em vez de insumos químicos importados: ele reduz custos, preserva o meio ambiente e garante maior produtividade.
Voz do campo e futuro sustentável
A proposta combina economia verde e segurança alimentar, estimulando uma verdadeira transição tecnológica no campo.
No lançamento, o produtor rural Antônio José de Moura disse ao repórter do Economic News Brasil: “Esse apoio significa mais autonomia para quem vive da agricultura familiar. Agora teremos condições de competir com técnicas modernas sem perder nossa identidade no campo”.
Para especialistas, o movimento reforça a importância de consolidar o uso de bioinsumos na agricultura familiar como estratégia de longo prazo.