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Reag Investimentos, dona da GetNinjas, na Operação Carbono Oculto tinha R$ 300 bi sob gestão

A Reag Investimentos, uma das maiores gestoras independentes do Brasil, está no centro de uma investigação federal após a deflagração da Operação Carbono Oculto. Com quase R$ 300 bilhões sob gestão, a empresa, fundada em 2013, viu sua trajetória de crescimento ser abalada por mandados de busca e apreensão em suas sedes. A conexão com o setor de combustíveis e as alegações de falhas de compliance levantam questões sobre a legalidade de suas operações. Descubra como essa história se desenrola e o impacto no mercado financeiro.
Reag Investimentos, administradora citada na Operação Carbono Oculto, com sede em São Paulo.
Segundo fato relevante, a companhia declarou que está colaborando integralmente com as autoridades e entregando todos os documentos solicitados. (Imagem: Divulgação)

Uma gestora que saiu do zero e se tornou referência no mercado brasileiro em apenas 12 anos amanheceu no centro de uma investigação federal. A Reag Investimentos, alvo na Operação Carbono Oculto deflagrada nesta quinta-feira (28/8), afirma em seu site ser hoje a maior administradora independente do país, com quase R$ 300 bilhões sob gestão.

Do início à B3: a trajetória da Reag Investimentos

Criada em 2013 pelo empresário João Carlos Mansur, a Reag Investimentos construiu uma história de expansão acelerada. Comprou gestoras menores, ampliou presença em crédito estruturado e, em 2024, assumiu o controle da GetNinjas, plataforma digital listada em bolsa. A operação abriu caminho para sua chegada à B3 em 28 de janeiro de 2025, não por meio de um IPO, mas através de uma fusão reversa. Nesse processo, a Reag incorporou a estrutura da GetNinjas e passou a negociar suas ações no Novo Mercado com o ticker REAG3.

Reag Investimentos cita na Operação Carbono Oculto

Fato relevante e posição da administradora de investimentos

Nesta quinta-feira, a Reag Investimentos divulgou um fato relevante confirmando que suas sedes, assim como as da CIABRASF, foram alvo de mandados de busca e apreensão no âmbito da operação. Na mesma nota, a companhia afirmou colaborar integralmente com as autoridades e fornecer os documentos e informações solicitados. Também garantiu que manterá acionistas e mercado informados sobre o andamento do processo.

“A companhia está colaborando integralmente com as autoridades competentes, fornecendo todos os documentos e informações solicitados.”

Ainda de acordo com a companhia, a operação não altera a continuidade de suas atividades nem compromete os recursos sob gestão. A Reag afirmou que mantém a normalidade de suas operações e que permanece comprometida em adotar padrões de governança e compliance em linha com as exigências legais e regulatórias.

“A Reag reafirma que segue com suas operações em curso e continuará a cumprir rigorosamente todas as exigências legais e regulatórias.”

Estrutura acionária e reação do mercado

Em seu portal, a Reag detalha a composição acionária da administradora de investimentos. O acionista controlador possui 63,93% das ações ordinárias. Pessoas vinculadas detêm 23,45%. As ações em tesouraria representam 0,14%, enquanto as ações em circulação somam 11,68%. No total, são 140.991.806 ações ordinárias.

As ações da Reag refletiram a notícia. No pregão da quarta-feira (27/8), encerraram a R$ 3,79. No dia seguinte, oscilaram fortemente: caíram para R$ 3,15 às 11h20, atingiram mínima de R$ 2,91 às 11h50 e recuperaram parte do valor, chegando a R$ 3,26 às 12h02.

Ligação da Reag Investimentos com o setor de combustíveis

A citação da Reag Investimentos na Operação Carbono Oculto está relacionada ao núcleo Aster/Copape, que atuava no setor de combustíveis e teve operações suspensas pela ANP. Segundo a Receita Federal, as autoridades investigam se falhas de compliance na administradora teriam permitido a circulação de recursos oriundos de fraude fiscal e sonegação em fundos de investimento, conferindo aparência de legalidade a valores ilícitos.

Contexto ampliado: a lógica das operações

No mesmo dia, a Polícia Federal e a Receita Federal deflagraram a Operação Tank. A ação revelou outra rede bilionária no setor de combustíveis. O esquema envolvia adulteração de gasolina, depósitos fracionados e uso de instituições de pagamento. Segundo a Polícia Federal, o paralelo mostra um padrão. Mecanismos financeiros sofisticados foram explorados por organizações criminosas para os movimentar recursos ilícitos.

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