O mercado acompanhou com cautela os comunicados publicados pela Reag Investimentos na terça-feira (02/09). Em poucas horas, a empresa apresentou versões diferentes sobre a possibilidade de negociação de seu bloco de controle. O tom contraditório trouxe desconfiança para investidores e abriu espaço para novas especulações.
Reag Investimentos fala em negociação, mas holding nega
No início da noite, a companhia informou que estava em conversas com participantes do mercado, incluindo a Galapagos Capital, para avaliar uma possível alienação de controle. O comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) destacou, porém, que não havia decisão sobre formato ou condições de negócio.
Mais tarde, a controladora Reag Capital Holding publicou nota através de fato relevante. A holding afirmou que a tratativa preliminar com a Galapagos Capital não avançou “em razão da ausência de interesse” da gestora. Em seguida, reforçou: “inexiste, portanto, qualquer negociação em curso envolvendo a Reag Investimentos”.
Reportagem antecedeu os comunicados da Reag Investimentos
Horas antes das manifestações oficiais, o jornalista Lauro Jardim, do O Globo, divulgou que a Reag Investimentos estaria em negociações com a Galapagos Capital, controlada por Carlos Fonseca, ex-BTG Pactual. A publicação acabou servindo como gatilho para a sequência de comunicados da companhia e da holding controladora.
Contexto regulatório amplia pressão sobre a empresa
Os comunicados ocorrem em meio a um ambiente delicado para a Reag Investimentos, que foi alvo de mandados de busca e apreensão na semana passada. A investigação conduzida pela Polícia Federal apura o papel de fundos e fintechs em operações de lavagem de dinheiro. Esse cenário adiciona pressão regulatória e fortalece a necessidade de clareza por parte da administração.
Perspectiva para o mercado
A divergência entre os comunicados expôs ruídos na comunicação corporativa da Reag Investimentos. Para analistas, episódios assim podem minar a confiança de investidores e aumentar a vigilância de reguladores. A depender da evolução das apurações e da condução de sua estratégia, a empresa terá de reforçar mecanismos de governança e transparência para se reposicionar diante do mercado.
A Reag Investimentos, gestora independente com quase R$ 300 bilhões em ativos, tornou-se alvo de investigação federal após a Operação Carbono Oculto..









