Com fortuna estimada em US$ 12,1 bilhões, Giorgio Armani morreu na terça-feira (04/09), aos 91 anos, após mais de quatro décadas como referência mundial da moda italiana. Nesse contexto, a notícia ganha ainda mais relevância porque apenas uma semana antes o estilista havia falado publicamente sobre a sucessão de Giorgio Armani no grupo de luxo. Além disso, ele construiu a marca como único acionista, indicando um plano de continuidade para sua grife.
Na última entrevista, concedida dia 29 de agosto ao Financial Times, Giorgio Armani afirmou que a transição deveria ser “gradual” e citou nomes de confiança. O destaque foi para Leo Dell’Orco, braço direito e chefe de design masculino, além de familiares e da equipe próxima.
“Gostaria que a sucessão fosse orgânica e não um momento de ruptura”, disse ao jornal britânico.
A sucessão de Giorgio Armani e os impactos no grupo de luxo
O sucessão de Giorgio Armani é um período decisivo para a governança da empresa. Além disso, a sucessão em grupos de moda de luxo costuma gerar disputas e incertezas, mas Armani deixou claro que não queria um processo abrupto. Por isso, Leo Dell’Orco desponta como figura central, enquanto familiares podem reforçar a legitimidade interna.
Com isso, a sucessão de Giorgio Armani tende a preservar o valor de mercado e a identidade da marca, em um setor marcado por consolidações. Diferentemente de outras casas de moda absorvidas por conglomerados como LVMH (Louis Vuitton Moët Hennessy) ou Kering, o império de Giorgio Armani sempre se manteve independente. Nesse cenário, o futuro da governança se torna estratégico não apenas para a moda, mas também para investidores e fornecedores globais.
No vídeo a seguir, confira a inspiradora trajetória de Giorgio Armani, o gênio por trás de uma das marcas mais icônicas do mundo.
Os caminhos para o futuro da marca
Especialistas avaliam que a continuidade do grupo dependerá da capacidade de equilibrar herança criativa e gestão corporativa. O exemplo da Versace, que passou por venda ao grupo Capri Holdings, mostra que a sucessão de Giorgio Armani mal conduzida pode alterar profundamente o destino de uma marca.
No caso da sucessão de Giorgio Armani, a escolha de Dell’Orco e a inclusão da família podem garantir estabilidade e manter o DNA da grife. Além disso, a sucessão, preparada em vida, tende a reduzir riscos e a preservar o legado de um estilista que transformou a moda italiana em símbolo global de elegância.









