O leilão do primeiro túnel submerso do Brasil, realizado nesta sexta-feira (05/10) em São Paulo, atraiu atenção nacional ao definir a portuguesa Mota-Engil Latam Portugal como responsável pela obra que deve transformar a mobilidade entre Santos e Guarujá. O valor do investimento é de R$ 6,8 bilhões.
A disputa também envolveu a espanhola Acciona Concesiones, mas a Mota-Engil levou a melhor ao apresentar a proposta mais vantajosa para o poder público. Com a vitória, a empresa será encarregada de construir, operar e manter a estrutura por 30 anos, em um modelo de parceria público-privada supervisionado pelos governos estadual e federal.
Túnel submerso Santos Guarujá terá execução da Mota-Engil
O vice-presidente do grupo, Manuel António da Fonseca Vasconcelos da Mota, destacou o simbolismo do resultado. “É uma grande honra. Temos a certeza que iremos cumprir com nossas obrigações e esperamos iniciar a obra o mais rápido possível”, afirmou.
A trajetória internacional da companhia, considerada a 14ª maior construtora da Europa segundo a Engineering News-Record (ENR), reforça sua credibilidade para executar um projeto de tamanha complexidade.
Com 1,5 km de extensão, sendo 870 metros submersos, o túnel permitirá o tráfego de veículos de passeio, caminhões, transporte público, ciclistas e pedestres. A conclusão está prevista até 2030, em um cronograma que representa tanto desafio técnico quanto marco de integração para a Baixada Santista.
Aposta internacional e impacto estratégico
A vitória da Mota-Engil evidencia a força do capital estrangeiro em obras de infraestrutura estratégicas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A participação da Acciona mostrou a atratividade do mercado brasileiro de concessões, em um ambiente que oferece previsibilidade de receita e potencial de longo prazo.
Ao assumir o primeiro túnel submerso do país, a Mota-Engil amplia seu portfólio global e reforça a confiança de investidores no Brasil.
O projeto do túnel submerso Santos Guarujá promete reduzir desafios logísticos no maior porto da América Latina e oferecer uma nova alternativa de travessia para cerca de 78 mil pessoas por dia.









