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Início das obras do túnel Santos-Guarujá será no fim de 2025

O início das obras do túnel Santos-Guarujá, marcado para o fim de 2025, simboliza não apenas uma mudança de mobilidade na Baixada Santista, mas também um campo de disputa política e social. Com custo elevado, promessa de 5 mil empregos e redução no tempo de viagem, o projeto desafia o equilíbrio entre desenvolvimento logístico e impactos urbanos.
início das obras do túnel Santos-Guarujá
Com início marcado para 2025, o túnel não apenas encurta distâncias físicas, mas se consolida como teste de governança pública. (Foto: Divulgação)

Reduzir um trajeto de até 1h15 para apenas 5 minutos e gerar 5 mil empregos diretos: esse é o impacto esperado com o início das obras do túnel Santos-Guarujá, confirmado para o fim de 2025. O leilão realizado em na sexta-feira (05/09) na B3 (Bolsa, Brasil, Balcão) foi vencido pela portuguesa Mota-Engil, mas o projeto vai além da engenharia. Ele simboliza uma disputa de narrativas políticas e sociais sobre quem ganha e quem perde com a transformação da Baixada Santista.

Segundo o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, a obra deve redefinir a mobilidade da Baixada Santista e ampliar a competitividade logística da região. Ele também vinculou o projeto a uma estratégia mais ampla, citando o leilão do Porto de São Sebastião, previsto para o primeiro trimestre de 2026. A fala indica que o túnel não é um caso isolado, mas parte de um plano de integração portuária do litoral paulista.

Início das obras do túnel Santos-Guarujá e a disputa política

A formatação financeira via parceria público-privada depende da Autoridade Portuária de Santos, o que reacendeu a polêmica sobre a tentativa de privatização do porto. Para o vice-presidente da República Geraldo Alckmin, o modelo público foi essencial para viabilizar o investimento.

Já o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas preferiu evitar embate e destacou que o projeto estava engavetado havia mais de um século. O contraste evidencia como o túnel se tornou também uma vitrine política, dividindo palanques mesmo em um momento de cooperação federativa.

Enquanto dentro da B3 prevaleceu o discurso de união, do lado de fora moradores protestavam contra desapropriações. Esse tensionamento mostra que, embora o início das obras do túnel Santos-Guarujá prometa ganhos econômicos, há riscos sociais concretos que podem comprometer a aceitação do projeto.

Impacto social e próximos passos

O governo estadual garantiu reassentamento para famílias atingidas, com promessa de oferecer moradias equivalentes ou melhores. No entanto, experiências anteriores em grandes obras de infraestrutura sugerem que esse processo costuma gerar fricções e demora. A resposta às demandas sociais será determinante para a percepção de legitimidade do projeto.

Com início da obra marcada inda para 2025, o túnel não apenas encurta distâncias físicas, mas se consolida como teste de governança pública. Se conseguir equilibrar eficiência logística com proteção social, o início das obras do túnel Santos-Guarujá poderá redefinir a relação entre porto, cidade e cidadãos no litoral paulista.

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