As exportações da China em agosto cresceram 4,4% frente a 2024, segundo dados alfandegários desta segunda-feira (08/09). O resultado ficou abaixo da expectativa de 5% projetada pela Reuters e foi o avanço mais fraco em seis meses, após alta de 7,2% em julho.
Exportações da China em agosto sob pressão dos EUA
O desempenho foi afetado pela queda de 33,1% nas vendas para os Estados Unidos, consequência das tarifas impostas pelo presidente norte-americano Donald Trump. Apesar dos esforços de diversificação, nenhuma outra região rivaliza com o consumo americano, que absorve historicamente mais de US$ 400 bilhões em produtos chineses ao ano.
Importações e diversificação de mercados
Enquanto isso, as exportações chinesas em agosto avançaram menos do que o esperado. As importações cresceram 1,3%, abaixo do ritmo de julho (4,1%) e da previsão de 3%. Para mitigar os efeitos da disputa com Washington, fabricantes ampliaram remessas ao Sudeste Asiático, que subiram 22,5%. Eles também reforçaram presença na África e na América Latina. Especialistas ressaltam que esses mercados ainda não compensam a retração nas exportações para os Estados Unidos.
Exportações da China em agosto e a meta de crescimento
O desempenho das exportações da China em agosto coloca pressão sobre a meta oficial de Pequim, que busca crescimento anual de cerca de 5%. A economia também enfrenta consumo doméstico fraco, e o governo evita estímulos fiscais adicionais, confiando na indústria exportadora para sustentar os resultados.
Caminhos e riscos futuros
As exportações da China em agosto evidenciam a vulnerabilidade do país a choques externos, sobretudo na relação com os EUA. Se a desaceleração continuar, aumentam as dúvidas sobre a capacidade de alcançar a meta de 2025. A aposta em mercados emergentes pode reduzir a dependência de Washington no longo prazo, mas, no curto, o desafio é manter o dinamismo em um cenário global onde disputas comerciais ditam o ritmo da economia.









