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Prejuízo dos Correios no 2T25 cresce em contradição com o auge do e-commerce brasileiro

O prejuízo dos Correios no segundo trimestre chegou a R$ 2,6 bilhões, quase cinco vezes maior que em 2024. A queda nas encomendas internacionais após a taxa das blusinhas e o aumento de 74% das despesas administrativas agravaram a crise da estatal, que aposta em cortes e novos negócios para se recuperar.
Prejuízo dos Correios no 2T25
Enquanto Amazon e Mercado Livre aceleram entregas com tecnologia, os Correios tentam se reinventar sem rumo definido. (Foto: Divulgação/Correios)

O Prejuízo dos Correios no 2T25, de R$ 2,6 bilhões, reforça uma contradição marcante: a maior estatal de logística do Brasil encolhe justamente quando o e-commerce brasileiro vive um ciclo de expansão acelerado. O déficit acumulado no ano já chega a R$ 4,3 bilhões, três vezes maior que em 2024, sinalizando que não se trata de um revés pontual, mas de uma crise estrutural em serviços postais.

Prejuízo dos Correios no 2T25 e a dependência de receitas frágeis

As receitas totais caíram de R$ 9,2 bilhões em 2024 para R$ 8,1 bilhões até junho deste ano. A queda mais drástica ocorreu nas encomendas internacionais, com recuo de 62% após a criação da chamada “taxa das blusinhas”. A tributação de 20% sobre importados de até US$ 50 reduziu a arrecadação de R$ 2,1 bilhões para apenas R$ 815 milhões. O Prejuízo dos Correios no 2T25 mostra como a estatal se tornou vulnerável a mudanças regulatórias, evidenciando um modelo de negócios pouco diversificado.

Medidas de recuperação parecem tímidas diante da crise

Para conter a crise financeira, os Correios anunciaram um plano de recuperação em maio. Entre as medidas, estão o Programa de Demissão Voluntária (PDV), a venda de imóveis e a criação de um marketplace em parceria com a Infracommerce. A expectativa é economizar até R$ 1,5 bilhão. Contudo, especialistas em logística nacional avaliam que cortes de custos não resolveram a situação. Enquanto Amazon e Mercado Livre expandem hubs, investem em transformação digital e encurtam prazos de entrega, a estatal tenta se reinventar sem clareza estratégica.

Instabilidade de gestão agrava o Prejuízo dos Correios no 2T25

A indefinição na presidência aumenta as incertezas. Fabiano Silva, presidente da estatal, apresentou carta de renúncia em julho, mas segue no cargo. Essa instabilidade de gestão compromete a credibilidade do plano de recuperação e reforça a percepção de que os Correios operam em modo defensivo. Sem inovação tecnológica consistente, o risco é a estatal se limitar a nichos pouco rentáveis, como correspondência tradicional, enquanto o setor privado consolida o protagonismo logístico no país.

O Prejuízo dos Correios no 2T25, portanto, não é apenas um dado contábil. É o reflexo de uma estatal que precisa decidir se seguirá como agente estratégico da integração nacional ou se aceitará perder espaço definitivo para concorrentes privados mais ágeis.

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