Um dado chama atenção no mercado: após 14 semanas de queda, as projeções de mercado para a inflação em 2025 pararam em 4,85%. Os dados são do Relatório do Boletim Focus do Banco Central divulgado nesta segunda-feira (08/09). A interrupção do alívio traz sinais de cautela para empresas e consumidores. Agora, eles calculam os custos de crédito e reajustes de preços diante de juros elevados.
PIB, câmbio e Selic: o que dizem as projeções de mercado
Nesse cenário, o Boletim Focus também trouxe ajustes relevantes em outras variáveis. A estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) recuou de 2,19% para 2,16% em 2025, indicando ritmo mais lento de expansão. O câmbio para o mesmo período caiu levemente de R$ 5,56 para R$ 5,55, mas as projeções de mercado para a inflação em 2025 seguiram estáveis.
Já a Selic, a taxa básica de juros, permaneceu em 15% pela 11ª semana seguida, restringindo investimentos e consumo no curto prazo e reforçando o peso das projeções de mercado para a inflação em 2025 no planejamento financeiro.
Estagnação da inflação e seus efeitos imediatos
Para o empresário Pedro Brandão, especialista em finanças e CEO da CredÁgil, o fato de as projeções de mercado para a inflação em 2025 terem parado em 4,85% é um sinal de que o alívio dos últimos meses perdeu fôlego.
“Quando a projeção para a inflação estanca, significa que o mercado não enxerga espaço para novas quedas no curto prazo. Isso trava a expectativa de cortes na Selic e mantém o crédito caro”, avaliou.
Segundo ele, o impacto chega rápido ao dia a dia de empresas e consumidores.
“O financiamento imobiliário, o crédito pessoal e até o capital de giro das empresas ficam pressionados. O Focus deixa claro que o cenário é de atenção redobrada”, acrescentou.
Inflação além de 2025: como o Focus revisou os próximos anos
O Focus ainda revisou o horizonte mais longo. Nesse sentido, a inflação projetada caiu de 4,31% para 4,30% em 2026, de 3,94% para 3,93% em 2027 e de 3,80% para 3,70% em 2028. Além disso, para o IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado), relevante para contratos de aluguel, a previsão subiu de 1,14% para 1,15% em 2025.
Quanto aos preços administrados no IPCA (Índice de Preços do Consumidor Amplo), a projeção ficou em 4,68% para 2025 e 4% para 2026 e 2027, com leve alta para 3,70% em 2028. Portanto, essa estabilidade sugere que o impacto tarifário continuará relevante para famílias e empresas de energia e transporte, mesmo com as projeções de mercado para a inflação em 2025 travadas.
Crédito e consumo sob pressão com as projeções de mercado para 2025
Impacto das projeções de mercado no crédito mais caro
No PIB, a projeção para 2026 caiu de 1,87% para 1,85%, e para 2027 de 1,89% para 1,88%. Já em 2028, a estimativa segue em 2% há 78 semanas, refletindo expectativas de crescimento limitado.
Por outro lado, o câmbio projetado recuou em todos os anos analisados, passando para R$ 5,60 em 2026 e 2027, e R$ 5,56 em 2028. Além disso, a Selic foi mantida em 12,50% para 2026, em 10,50% para 2027 e em 10% para 2028 — nível estável há 37 semanas, o que indica que o juro real permanecerá alto por tempo prolongado.
Efeitos das projeções de mercado para a inflação em 2025 no consumo
Assim, segundo o segundo o Boletim Focus, as projeções de mercado para a inflação em 2025 mostram uma pausa após meses de queda. Entretanto, o conjunto de dados revela um quadro de atividade mais fraca e crédito caro, pressionando empresas e famílias que dependem de financiamento