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Reag Investimentos: venda para executivos é estratégia de sobrevivência

A recente decisão da Reag Investimentos de transferir o controle para a Arandu Partners Holding, formada por seus próprios executivos, marca uma virada crucial em sua trajetória. Com a venda de 87,38% do capital social por cerca de R$ 100 milhões, a gestora busca estabilidade em meio a investigações da Polícia Federal. A saída do fundador, João Carlos Falbo Mansur, abre espaço para uma nova governança, mas também levanta questões sobre a credibilidade da empresa. Descubra como essa transação pode redefinir o futuro da Reag Investimentos e o que isso significa para o mercado financeiro.
João Carlos Mansur na Reag Investimentos
A presença de João Carlos Falbo Mansur mantinha a gestora sob pressões externas e especulações que poderiam afastar investidores, clientes e parceiros. (Foto: Divulgação)

A decisão da Reag Investimentos (REAG3) de transferir o controle para a Arandu Partners Holding, formada por seus próprios executivos, não é apenas uma transação societária. O anúncio ocorreu na noite de domingo (07/09). A operação envolve a assunção de dívida no valor de R$ 100 milhões. Além disso, inclui um earnout de cinco anos, ou seja, uma parcela variável de pagamento vinculada ao desempenho futuro da empresa. Nesse contexto, a medida surge em meio ao desgaste público da Reag Investimentos. A companhia é investigada pela Polícia Federal por suspeitas ligadas ao uso de fundos e fintechs para ocultação de patrimônio e lavagem de dinheiro.

Reag Investimentos e a escolha por estabilidade

Se os executivos não assumissem o controle da Reag Investimentos, o cenário seria de prolongada instabilidade. A permanência de João Carlos Falbo Mansur (Foto), fundador e figura central da companhia, deixava a gestora exposta a pressões externas e especulações capazes de afastar investidores, clientes e parceiros. Ao renunciar ao conselho e vender sua fatia no negócio, Mansur fez uma operação de retirada estratégica. A decisão abre espaço para um novo ciclo de governança, sem a sombra direta de seu nome.

O que estava em jogo com a saída de Mansur

Essa escolha mostra pragmatismo. Ou a Reag Investimentos se reinventava internamente, com seus gestores assumindo a linha de frente, ou corria o risco de perder credibilidade. Nesse cenário, a base de ativos poderia migrar para concorrentes. A transferência para a Arandu reforça a continuidade operacional. O movimento também envia ao mercado a mensagem de que quem conduz o dia a dia da empresa é capaz de blindá-la contra choques externos.

Pelo acordo, Mansur manteve direitos futuros relevantes. Ele poderá receber 5% da receita da companhia até 2030 e ainda pode levar uma fatia adicional de 15% do valor da transação no caso de venda da empresa. Esses mecanismos funcionam como compensações de longo prazo e alinham os interesses do antigo controlador com a performance da gestora

Reag Investimentos e a avaliação da venda do capital de Mansur

A Reag Investimentos afirma em seu site ser a maior administradora independente de recursos do país, em julho a companhia registrava mais de R$ 300 bilhões sob gestão. Além disso, desde 2024 a gestora controla a GetNinjas, plataforma listada em bolsa. Especialistas em fusões, aquisições e mercado financeiro consultados pelo Economic News Brasil avaliam que o valor declarado e a estrutura do acordo surpreendem, considerando os ativos e participações envolvidos.

A empresa informa que está cooperando para esclarecer os fatos.

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