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Inflação no atacado Brasil sobe em agosto com commodities em alta

A inflação no atacado Brasil acelerou em agosto, revertendo três meses de recuo e levantando preocupações sobre os repasses ao consumidor. A variação do IGP-DI foi de 0,20%, impulsionada pela alta das commodities agrícolas, como soja e café. Economistas alertam que esses aumentos podem impactar o bolso das famílias, enquanto as tensões comerciais e tarifas dos EUA intensificam a pressão inflacionária. O que isso significa para a economia brasileira? Descubra como esses fatores moldarão os preços e a política monetária.
Inflação no atacado Brasil
O dado de agosto sugere um cenário de atenção para os próximos meses. (Imagem: Ilustrativa)

A inflação no atacado Brasil acelerou em agosto, após três meses de recuo, e reacendeu os alertas sobre repasses ao consumidor final. O IGP-DI de agosto, calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou alta de 0,20%, revertendo a queda de 0,07% de julho. O movimento foi impulsionado pela disparada das commodities agrícolas, como soja, café e milho, além da recuperação dos preços da arroba bovina.

IGP-DI de agosto reflete avanço das commodities

Segundo a FGV, a soja em grão subiu 3,77%, o café em grão disparou 12,58%, o milho avançou 2,13% e os bovinos registraram aumento de 1,84%. Esses movimentos explicam o aumento do Índice de Preços por Atacado (IPA), que responde pela maior parte do IGP-DI. A variação do atacado foi de +0,35% em agosto, levemente acima dos +0,34% de julho.

Para o economista André Braz, do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (FGV IBRE), a preocupação é o possível repasse desses aumentos para o varejo.

“O atacado mostra pressões claras em alimentos básicos, e, se esse movimento se consolidar, pode pesar no bolso das famílias”, avaliou.

Inflação no atacado Brasil e efeitos no varejo

Enquanto o atacado mostra forte pressão, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) teve variação mais moderada, passando de +0,37% em julho para +0,40% em agosto. Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) desacelerou de +0,13% para +0,08%, ajudando a conter a média geral.

O desafio está no efeito cascata: aumentos de commodities agrícolas tendem a ser incorporados à cadeia de produção e, com atraso, atingem os preços finais dos alimentos e bebidas. Esse repasse, se confirmado, pode acelerar a inflação ao consumidor nos próximos meses.

Tarifaço dos EUA e tensões globais aumentam pressão

O resultado da inflação do atacado em agosto não pode ser dissociado do cenário externo. O tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre exportações brasileiras de café trouxe instabilidade ao setor. Especialistas apontam que exportadores anteciparam embarques e ajustaram preços diante das barreiras comerciais.

Na soja, a disputa entre EUA e China ampliou a demanda chinesa pelo produto brasileiro, reforçando a pressão sobre o mercado interno. Esses fatores externos ajudam a explicar por que a inflação no atacado Brasil mostrou aceleração em agosto, em linha com os movimentos geopolíticos recentes.

Cenário de atenção com a inflação no atacado Brasil

A combinação entre choques de oferta, tensões comerciais e aumento nas commodities agrícolas mostra que a inflação no atacado Brasil não é apenas um movimento pontual. O IGP-DI de agosto sugere um cenário de atenção para os próximos meses, com risco de repasse aos preços ao consumidor e impacto na política monetária.

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