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Mulheres pagam mais juros em empréstimos pessoais, aponta estudo do BC

Você sabia que mulheres pagam, em média, até 8,2 pontos percentuais a mais em juros de empréstimos pessoais do que homens, mesmo com o mesmo risco de inadimplência? Um estudo do Banco Central revela como a desigualdade de gênero impacta as taxas de crédito no Brasil. A pesquisa destaca que eliminar essas diferenças poderia estimular a economia e promover um sistema financeiro mais justo e inclusivo.
mulheres pagam mais juros em empréstimos pessoais

A desigualdade social no Brasil não se restringe à renda e ao mercado de trabalho. Segundo estudo do Banco Central, conduzido em parceria com pesquisadores acadêmicos, mulheres pagam mais juros em empréstimos pessoais, mesmo quando o risco de inadimplência é idêntico ao dos homens.

Mulheres pagam mais juros e enfrentam distorções no crédito

Os pesquisadores analisaram operações de crédito entre 2013 e 2019 e verificaram que a renda do trabalhador influencia diretamente no preço do financiamento. Entre os principais achados:

  • Trabalhadores das faixas salariais mais baixas enfrentam juros muito superiores aos de maior renda.
  • Em alguns casos, os acréscimos chegam a dezenas de pontos percentuais.
  • Mulheres pagam, em média, 8,2 pontos percentuais a mais do que homens.
  • A desigualdade de gênero no crédito se soma à desigualdade social, ampliando o peso da dívida para os grupos mais vulneráveis.

Para o empresário Pedro Brandão, especialista em finanças e CEO da CredÁgil, o problema expõe um viés estrutural no sistema. “É inaceitável que mulheres arquem com juros mais altos mesmo sem apresentar maior risco. Isso mostra que a desigualdade de gênero se reproduz no crédito e limita o crescimento econômico do país”, afirma.

Impacto econômico da desigualdade no crédito

A taxa média do crédito pessoal no período analisado foi de 146% ao ano, o que representa um peso enorme para famílias vulneráveis. Além disso, o estudo mostra que mulheres pagam mais juros mesmo sem risco maior de inadimplência, revelando discriminação estrutural. Dessa forma, se essas diferenças fossem eliminadas, o consumo poderia crescer até 2,6% ao ano, com impacto positivo tanto para mulheres quanto para trabalhadores de baixa renda.

Educação financeira e solução para a desigualdade

Outro ponto observado foi que profissionais das áreas de exatas, como engenheiros e matemáticos, tiveram acesso a juros 1,3 ponto percentual menores. Assim, os pesquisadores concluíram que maior conhecimento em finanças facilita a negociação. Portanto, corrigir as distorções que fazem com que mulheres pagam mais juros do que homens é fundamental para reduzir desigualdades e liberar o potencial de crescimento da economia brasileira.

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