O preço do metro quadrado no Brasil atingiu R$ 8.091 em agosto, segundo o índice FipeZAP+ divulgado recentemente. O dado reforça a consolidação da recuperação pós-pandemia no mercado imobiliário e revela um setor em plena expansão. A alta aconteceu em virtude do crescimento de 15% nas vendas em 12 meses, apoiado em demanda reprimida e em uma gestão cada vez mais profissionalizada por parte de incorporadoras e construtoras.
Preço do metro quadrado no Brasil varia mais de 250% entre estados
Apesar da média nacional, em agosto os números expõem contrastes profundos. No Distrito Federal, o preço médio alcança R$ 11,9 mil/m², enquanto no Acre está em apenas R$ 3,4 mil/m². A diferença de mais de 250% evidencia não apenas a concentração de renda e crédito nas regiões mais desenvolvidas, mas também as oportunidades de investimento em estados com valores mais acessíveis. Nessas localidades, tanto investidores em busca de yield quanto programas habitacionais encontram espaço para expansão.
Preço do metro quadrado no Brasil é puxado por estados do Centro-Sul
A valorização nacional de 4,21% em 12 meses foi liderada por estados específicos. Santa Catarina registrou alta de 8,55%, seguida por Rio Grande do Sul (+6,20%), Distrito Federal (+5,45%) e São Paulo (+4,91%). Esse desempenho está diretamente ligado a economias locais mais diversificadas e à demanda por imóveis de médio e alto padrão, reforçando o peso do Centro-Sul na dinâmica imobiliária brasileira.
Profissionalização sustenta no mercado imobiliário
Mesmo em um cenário de juros elevados, o mercado imobiliário mostra robustez. Incorporadoras adotaram data analytics para precificar lançamentos, reduzir ciclos de vendas e direcionar investimentos em marketing. Além disso, o uso de KPIs, como custo de aquisição de cliente (CAC) e produtividade por corretor, tornou-se padrão entre líderes do setor. Essa profissionalização mitiga custos, atrai capital institucional e contribui para a estabilidade de longo prazo.
O preço do metro quadrado no Brasil deve continuar em trajetória de crescimento, desde que emprego e renda se mantenham estáveis. A transformação para um modelo baseado em dados é o legado mais evidente desse ciclo expansionista, tornando o setor menos cíclico, mais sofisticado e atraente para investidores.
Segundo o índice FipeZAP+, a valorização recente consolida o mercado imobiliário como um dos poucos setores a crescer acima da média da economia. Esse avanço preço do metro quadrado no Brasil mostra não apenas a força dos ativos urbanos, mas também como as disparidades regionais seguem moldando oportunidades de investimento e desafios sociais.
