O mercado automotivo brasileiro em 2025 passa por um ponto de inflexão. Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), as vendas de carros importados no Brasil cresceram 17,3% entre janeiro e agosto, enquanto os nacionais recuaram 9,3% no mesmo período. Esse contraste mostra como marcas estrangeiras vêm conquistando espaço com tecnologia avançada e preços competitivos, pressionando a produção local.
Carros importados no Brasil lideram mudança no consumo
O avanço dos importados foi puxado por BYD, GWM, Mercedes-Benz, Lexus e Porsche, que ampliaram a oferta de híbridos e elétricos. Apesar de representarem menor volume nos emplacamentos, carros importados no Brasil compensaram parte da queda nacional.
As marcas locais tentam reagir: a Fiat lançou os híbridos Pulse e Fastback, e a Chevrolet prepara novos modelos elétricos para disputar o mercado em transformação.
Confira no vídeo outro dado da Anfavea referente ao período de janeiro a maio de 2025:
Segundo especialistas do setor automotivo, o consumidor brasileiro identifica nos importados preços muito competitivos e tecnologia embarcada superior. Enquanto os nacionais perdem apelo, os carros importados no Brasil atraem compradores pela conectividade, segurança e eficiência energética.
Produção nacional dos modelos
Até então, quase todos os modelos dessas montadoras chegavam prontos do exterior. Em agosto, esse cenário começou a mudar: a BYD inaugurou sua fábrica em Camaçari (BA), com produção inicial do Dolphin Mini e de outros modelos, enquanto a GWM iniciou operações em Iracemápolis (SP), fabricando o SUV Haval H6 e a picape Poer P30.
De acordo com especialistas, essa mudança reforça a competitividade. O que antes era totalmente importado, agora começa a ser produzido localmente. Alguns dos carros importados no Brasil mais vendidos passam a ser nacionalizados, sem perder os diferenciais tecnológicos que conquistaram o consumidor.
Caminhos para os carros importados no Brasil
- Produção: 1,743 milhão de unidades até agosto (+6% frente a 2024).
- Consumo interno: segue enfraquecido, com queda de 5,1% em agosto em relação ao mesmo mês de 2024.
- Exportações e vendas diretas: cresceram 12,9%, garantindo sustentação ao resultado geral do setor.
A Anfavea ainda projeta crescimento de 5% para 2025, condicionado à queda dos juros e à retomada da confiança do consumidor. Segundo especialistas do setor automotivo, os consumidores estão votando com o bolso: os carros importados no Brasil entregam mais inovação por um preço justo, enquanto os nacionais precisam acelerar para não perder relevância.