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Seguro de vida cresce no Brasil, mas segue restrito a 18% da população

O mercado de seguros de pessoas arrecadou R$ 37,8 bilhões no 1º semestre de 2025, alta de 8,4% sobre 2024. O destaque foi o crescimento do seguro de vida, com avanço de 13,2%. Apesar disso, apenas 18% dos brasileiros têm cobertura, revelando a baixa penetração do seguro de vida no país e a necessidade de ampliar acesso a todas as classes sociais.
crescimento do seguro de vida contrasta com baixa penetração no Brasil
Crescimento do seguro de vida em 2025 contrasta com baixa penetração no Brasil. (Imagem Divulgação)

O seguro de vida assumiu o protagonismo do mercado de seguros no primeiro semestre de 2025. Mesmo com avanço de 13,2% no segmento individual, apenas 18% da população brasileira conta com esse tipo de proteção, segundo dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi) e da Superintendência de Seguros Privados (Susep). No total, os prêmios arrecadados em seguros de pessoas somaram R$ 37,8 bilhões, um crescimento de 8,4% em relação ao mesmo período de 2024.

O que é seguro de vida?

Antes de entender o crescimento recente, é importante saber o que significa o seguro de vida e quais benefícios ele oferece. Esse produto vai além da simples indenização: trata-se de uma proteção financeira que pode assumir diferentes formatos, adaptando-se às necessidades de cada família.

  • Apoio em vida: certas apólices oferecem serviços adicionais, como seguro viagem ou assistência funeral.
  • Proteção em caso de morte: garante indenização aos beneficiários, ajudando na manutenção financeira após a perda do segurado.
  • Cobertura por invalidez: oferece apoio quando o segurado fica incapacitado para o trabalho.
  • Assistência em doenças graves: em algumas modalidades, permite antecipação de parte da indenização.

Crescimento ganha fôlego em 2025

A análise mostra que o mercado de seguros de pessoas segue em expansão, impulsionado por vida, prestamista e acidentes pessoais. Produtos de nicho também tiveram desempenho relevante: seguro para doenças graves cresceu 18,1% e seguro viagem avançou 13,1%. Em comparação com 2024, quando o setor já vivia recuperação, o ritmo atual indica consolidação. Ainda assim, a evolução do seguro de vida não ocorre de forma uniforme entre as modalidades.

O desafio do seguro de vida da baixa adesão no país

Embora o seguro de vida seja o motor do mercado, sua penetração segue baixa no Brasil. Apenas 18% da população possui esse tipo de proteção, com concentração nas classes A/B (48%). Já a classe C representa 44% dos segurados, enquanto apenas 8% pertencem à classe D.

“O desafio é reduzir esse gap de proteção e ampliar o acesso a todas as camadas sociais”, afirma Edson Franco, presidente da Fenaprevi.

Universal Life pode destravar o mercado

Uma das apostas do setor é a regulamentação do Seguro Universal Life, em consulta pública pela Susep. Trata-se de um modelo híbrido de seguro de vida, que combina proteção securitária com componente de acumulação de recursos, funcionando também como forma de investimento de longo prazo. Já consolidado em mercados como Estados Unidos e Europa, o Universal Life se destaca pela flexibilidade: permite ao segurado ajustar prêmios, coberturas e resgates conforme sua necessidade financeira. Para Franco, sua aprovação pode representar um divisor de águas, democratizando o acesso e ampliando a proteção financeira no país.

Próximos passos para o seguro de vida

Nos seis primeiros meses de 2025, o setor pagou R$ 8,3 bilhões em benefícios a segurados e famílias, alta de 5,8% frente a 2024. A combinação de crescimento dos prêmios e aumento das indenizações indica amadurecimento do mercado. No entanto, superar a baixa adesão ao seguro de vida exigirá inovação regulatória, inclusão financeira e estratégias comerciais mais acessíveis.

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