A crise no Banco Master ganhou novo capítulo na noite desta segunda-feira (15), quando o Banco de Brasília (BRB) se manifestou oficialmente após pedido de esclarecimentos da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A resposta foi motivada por reportagem da Folha de S.Paulo segundo a qual a instituição pública avaliaria adquirir ativos menores do Master após o veto do Banco Central (BC) à compra do controle.
Comunicado do BRB sobre a crise no Banco Master
No comunicado, o BRB afirmou que “ainda não deliberou sobre as alternativas cabíveis” diante da negativa do BC. O banco destacou que, desde 2021, realiza monitoramento contínuo de oportunidades. Essas precisam ser “compatíveis com seu apetite a riscos e com potencial de geração de valor”. Entre elas, incluem-se compras e vendas de ativos. A instituição frisou ainda que sua estratégia de expansão segue focada no crédito consignado. Esse foco conecta diretamente o caso à crise no Banco Master e à disputa pelo mercado.
Veto do BC e impacto no Master
O Banco Central barrou no início de setembro a proposta de compra de 58% do capital do Banco Master pelo BRB, operação avaliada em R$ 2 bilhões. O processo durou cinco meses e terminou com a ruptura imediata do contrato entre as partes. Para o Master, a decisão representou o retorno à estaca zero a negociação. A negativa não apenas interrompeu o acordo, como intensificou a crise no Banco Master, marcada por dificuldades de captação e questionamentos sobre transparência de balanços.
Análise geral da crise no Banco Master
A crise no Banco Master evidencia como a regulação bancária e a confiança do mercado se tornaram fatores decisivos para a sobrevivência de instituições de médio porte. O veto do Banco Central expôs fragilidades em transparência e governança, ao mesmo tempo em que deixou claro que parceiros estratégicos precisam comprovar solidez para avançar em aquisições.
O comunicado do BRB reforça uma postura cautelosa, sinalizando que seguirá atento a oportunidades, mas sem comprometer sua estabilidade. No conjunto, a continuidade da crise no Banco Master funciona como alerta ao setor: sem credibilidade regulatória, não há expansão sustentável possível.