Após o caso de gripe aviária no Brasil, registrado em 12 de agosto de 2025 em uma granja comercial no Sul do país, houve ajustes nas previsões de exportação de carne de frango. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) projetou, em relatório publicado na última sexta-feira (05/09), uma queda de até 2%, com exportações em torno de 5,2 milhões de toneladas. Portanto, o cenário reflete a suspensão temporária de importações por parte de alguns países à época do caso.
Em contraste, a ABPA informou que as exportações de frango do Brasil em 2024 somaram 5,295 milhões de toneladas. Naquele ano, o setor faturou US$ 9,928 bilhões, o maior valor já registrado.
Indústria avícola brasileira revisa projeções
A indústria avícola brasileira, maior consumidora de ração, também revisou números. Na última quarta-feira (10/09), o Sindiracoes reduziu a previsão anual da produção de ração de 94 milhões para 93,7 milhões de toneladas. Além disso, no primeiro semestre, o consumo das granjas foi de 18,9 milhões de toneladas, apenas ligeiramente acima do resultado de 2024.
Exportações de frango do Brasil e dependência da China
Os dados de 2024 reforçam a dependência de mercados externos. A ABPA destacou que a China importou 562,2 mil toneladas e a União Europeia, 231,9 mil toneladas de carne de frango brasileira. Contudo, ambos os blocos seguem com restrições parciais em 2025. Essa condição, portanto, prolonga a cautela entre exportadores e limita a recuperação do setor.
Pecuária bovina sustenta crescimento da ração
As vendas externas em 2025 mostram oscilações. Em abril, as exportações renderam US$ 906,1 milhões, alta de 2,7% sobre 2024. Entretanto, em maio caíram para US$ 741,1 milhões, recuo de 9,5%. Mesmo assim, a produção total de ração deve crescer 2,9% em 2025. A pecuária bovina, que ampliou o confinamento, elevou a demanda e ajudou a compensar os efeitos da gripe aviária no Brasil 2025.