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Confiança da indústria recua em agosto; veja setores mais afetados

O índice de confiança industrial da CNI mostrou queda em agosto de 2025, atingindo empresas de todos os portes e quase todas as regiões. Apenas quatro setores superaram a linha dos 50 pontos, sinalizando otimismo. A maior parte da indústria está entre os setores menos confiantes, incluindo metalurgia, madeira e borracha. O recuo disseminado reforça o cenário de cautela e adia investimentos. Empresários alertam que o quadro pode comprometer obras maiores, mas ainda abre espaço para estratégias regionais em áreas que mantêm confiança acima da média.
Confiança da indústria — Queda em agosto de 2025 mostra setores menos confiantes, segundo índice da CNI.
Confiança da indústria caiu em agosto de 2025, com maioria dos setores industriais abaixo do nível de otimismo, segundo a CNI (Imagem: Divulgação)

A confiança da indústria perdeu fôlego em agosto de 2025, segundo levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI). A pesquisa, realizada com 1.818 empresas entre 1º e 12 de agosto, mostrou que empresários de todos os portes reduziram suas expectativas para os próximos seis meses. Somente quatro setores ficaram acima dos 50 pontos, enquanto a maioria entrou em terreno de pessimismo.

Setores menos confiantes pressionam indústria

O recuo da confiança industrial em agosto foi generalizado, segundo levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Dos 29 segmentos avaliados, 20 registraram queda, refletindo um ambiente de maior cautela no setor produtivo. Abaixo, os principais destaques:

  • Indústria de transformação: caiu de 47,7 pontos em julho para 46,2 em agosto.
  • Setores menos confiantes:
    • Metalurgia — 40,2 pontos
    • Produtos de borracha — 42,3 pontos
    • Madeira — 42,4 pontos
    • Manutenção e reparação — 42,7 pontos
  • Segmentos que mantiveram otimismo:
    • Farmoquímicos e farmacêuticos — 57,9 pontos
    • Extração de minerais não metálicos — 51,7 pontos
    • Bebidas — 50,8 pontos
    • Máquinas e materiais elétricos — 50,6 pontos

O setor de metalurgia, por exemplo, registrou a menor leitura de agosto no índice. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção metálica caiu 2,3% em julho, após dois meses de alta acumulada de 1,6%. Essa retração reforça o pessimismo dos empresários e mostra como a confiança da indústria tem sido impactada pela redução da atividade em cadeias estratégicas.

Confiança da indústria varia por porte e região

O levantamento da CNI também mostrou que a perda de confiança foi percebida em todos os portes de empresa e praticamente em todas as regiões do país, evidenciando a abrangência do recuo. Confira os resultados:

  • Por porte de empresa:
    • Pequenas — 46,3 pontos
    • Médias — 46,0 pontos
    • Grandes — 46,6 pontos
    Todas abaixo da linha de otimismo (50 pontos).
  • Por região:
    • Nordeste — 50,8 pontos (única acima de 50, mas em queda)
    • Norte — 47,9 pontos
    • Centro-Oeste — 47,7 pontos
    • Sudeste — 44,5 pontos
    • Sul — 43,6 pontos

Esses dados confirmam que a confiança da indústria está em retração generalizada no Brasil, com exceção parcial do Nordeste.

Empresários industriais alertam para efeitos práticos

No Nordeste, onde a confiança ainda se mantém em patamar positivo, existe espaço para expansão controlada. Como os dados do índice apontam, médias e grandes empresas podem adiar projetos de maior porte, enquanto pequenas buscam alternativas como aluguel de equipamentos para reduzir custos.

Os resultados de agosto confirmam a queda da confiança da indústria, em linha com o pessimismo observado no índice da CNI. Para os próximos meses, a perspectiva é de investimentos mais seletivos e cautela no lançamento de novos projetos. Apesar disso, a permanência de alguns setores acima de 50 pontos sugere que ainda existem nichos capazes de sustentar parte da atividade, sobretudo em regiões como o Nordeste.

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