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IA na economia global pode ampliar comércio e mudar empregos, diz OMC

A inteligência artificial (IA) está posicionada para revolucionar a economia global, com a Organização Mundial do Comércio (OMC) prevendo um crescimento de até 37% no comércio internacional até 2040. Contudo, essa transformação traz desafios consideráveis para o mercado de trabalho, com a possibilidade de substituição de alguns postos. A diretora-geral da OMC, Ngozi Okonjo-Iweala, enfatiza a necessidade de investimentos em educação e políticas inclusivas para assegurar que os benefícios da IA sejam distribuídos de maneira equitativa. Explore como a IA pode influenciar o futuro econômico e quais ações são necessárias para mitigar desigualdades emergentes.
IA em países em desenvolvimento: o Relatório de Comércio Mundial sobre inteligência artificial em setembro de 2025.
Relatório da OMC em Genebra destacou o impacto da inteligência artificial no comércio global e nos países em desenvolvimento. (Imagem: Divulgação)

A IA na economia global entrou no centro do debate após a divulgação do Relatório sobre o Comércio Mundial de 2025 da Organização Mundial do Comércio (OMC), nesta quarta-feira (17/09), em Genebra. O documento projeta que a inteligência artificial pode ampliar o comércio internacional entre 34% e 37% até 2040 e impulsionar o PIB mundial em até 13%, desde que países superem barreiras estruturais e adotem políticas inclusivas.

Ganhos e projeções com a IA na economia global:

Segundo a OMC, a IA pode fortalecer os fluxos internacionais de bens “graças a ganhos de produtividade e à redução dos custos comerciais”. Tecnologias como automação de processos e tradução automática podem facilitar a integração entre países e reduzir obstáculos logísticos. Para economias de baixa renda, se houver avanço em infraestrutura digital, o efeito pode significar até 11% a mais em exportações, reforçando o papel da IA na economia global como motor de crescimento.

IA no mercado de trabalho

Apesar do potencial de expansão do comércio, a OMC alerta para dilemas relacionados ao emprego. A diretora-geral, Ngozi Okonjo-Iweala, destacou que “a IA pode revolucionar os mercados de trabalho, transformando alguns empregos e substituindo outros. Gerenciar essas mudanças exige investimento em educação, capacitação, reciclagem profissional e redes de segurança social”.

A entidade também ressalta que a IA na economia global precisa ser acompanhada por políticas éticas e regulatórias para evitar que os benefícios fiquem concentrados em poucas economias.

Semicondutores e futuro da IA na economia global

Ngozi acrescentou que reduzir tarifas sobre insumos estratégicos, como semicondutores, é condição essencial para democratizar o acesso à inteligência artificial. O relatório enfatiza que os ganhos da IA na economia dependem da convergência tecnológica entre países de diferentes níveis de renda. Assim, a transição até 2040 exigirá ação coordenada entre governos e empresas, evitando que desigualdades se aprofundem.

Perspectivas da IA na economia global

A análise da OMC deixa claro que o impacto da IA na economia global será profundo. Países que investirem em educação digital, infraestrutura e políticas de inclusão terão maior chance de transformar projeções em ganhos concretos. Já os que ficarem para trás poderão ampliar desigualdades. O debate se desloca, portanto, do “quanto crescerá” para o “quem colherá os frutos” no comércio global nas próximas décadas.

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