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Exportações para a China ganham peso após tarifa dos EUA

As exportações brasileiras de alimentos industrializados enfrentam desafios após a tarifa imposta pelos EUA, mas a China surge como um novo pilar de sustentação. Em agosto, as compras chinesas alcançaram US$ 1,32 bilhão, um aumento impressionante de 51% em relação ao ano anterior. No entanto, especialistas alertam que essa dependência pode ser arriscada. A diversificação de mercados é crucial para mitigar riscos e garantir a estabilidade do setor. Descubra como o cenário atual pode impactar a indústria de alimentos e quais estratégias podem ser adotadas para um futuro mais seguro.
Exportações para a China em alta após tarifa dos EUA
Exportações para a China avançam 51% em agosto, consolidando o país como principal destino dos alimentos brasileiros. (Imagem: Canvas)

As exportações brasileiras de alimentos industrializados registraram retração em agosto com a tarifa aplicada pelos Estados Unidos. Nesse cenário, exportações para a China ganharam tração e passaram a sustentar o mês, mas a leitura estratégica é menos confortável: trocar uma dependência por outra não resolve a fragilidade da pauta.

Âncora e alerta nas exportações para a China

No sentido oposto, a China nas exportações brasileiras se fortaleceu. O país comprou US$ 1,32 bilhão em agosto, avanço de 10,9% sobre julho e de 51% frente ao mesmo mês do ano anterior. Hoje, o mercado chinês de alimentos já responde por 22,4% de todas as vendas externas do setor.

Para João Dornellas, presidente executivo da ABIA, “o desempenho dos últimos meses evidencia uma inflexão clara: o crescimento de julho foi seguido de ajuste em agosto, sobretudo nos EUA. A queda mostra que o país precisa diversificar seus parceiros comerciais e ampliar a capacidade de negociação.”

A análise reflete o temor de que a concentração das exportações na China crie um novo desequilíbrio estrutural.

Diversificação e risco de concentração

Os Estados Unidos recuaram para US$ 332,7 milhões em agosto (-27,7% vs. julho), com quedas fortes em açúcar, proteínas animais e preparações alimentícias. O México despontou como rota alternativa, com US$ 221,15 milhões (+43%), mas ainda responde por 3,8% do total. União Europeia e Liga Árabe também reduziram compras, o que pressiona a busca de novas frentes além das tradicionais — e evita que exportações para a China se tornem o único pilar.

Os principais números do balanço da ABIA em agosto ajudam a visualizar o impacto do tarifaço e o avanço das novas rotas:

  • Exportações totais de agosto: US$ 5,9 bilhões (-US$ 300 milhões vs. julho; -4,8%).
  • EUA: US$ 332,7 milhões (-27,7% vs. julho; julho: US$ 460,1 milhões).
  • Itens mais afetados (EUA): açúcar −69,5%, proteínas animais −45,8%, preparações −37,5%.
  • China: US$ 1,32 bilhão (+10,9% vs. julho; +51% vs. ago/24; 22,4% do total).
  • México: US$ 221,15 milhões (+43%; 3,8% do total).
  • Estimativa ABIA para EUA (ago–dez): queda de 80%, perda de US$ 1,351 bi.

Empregos e cadeia produtiva — exportações para a China

A indústria de alimentos manteve 2,114 milhões de empregos diretos em julho, com +67,1 mil vagas em doze meses e +39,7 mil no ano. Essa base de trabalho e de fornecedores — agricultura, pecuária, embalagens, máquinas e equipamentos — depende de previsibilidade comercial. Concentrar vendas apenas em exportações para a China amplia o risco de oscilações de preços, prazos e exigências sanitárias, com reflexo em margens e investimentos.

Risco de concentração comercial

A tarifa dos EUA acendeu a luz amarela: crescer em exportações para a China ajuda no curto prazo, mas concentra riscos no médio prazo. A resposta passa por acordos, habilitações sanitárias, logística e financiamento à promoção comercial para multiplicar destinos. Sem isso, o setor seguirá vulnerável — só que agora com a dependência ancorada no mercado asiático.

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