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Mercado de galpões logísticos pressiona preços em São Paulo e Cidade do México

O mercado de galpões logísticos na América Latina está crescendo rapidamente, com a taxa de vacância caindo para 5,83% no primeiro semestre de 2025. São Paulo e Cidade do México, que detêm 72% do estoque regional, observam um aumento nas locações, chegando a US$ 11,05/m²/mês na capital mexicana. O nearshoring, acelerado pela pandemia, está aquecendo a demanda. Entenda como essas mudanças afetam o setor e as projeções para os próximos anos!
Mercado de galpões logísticos na América Latina com destaque para São Paulo e Cidade do México
Mercado de galpões logísticos: expansão em São Paulo e Cidade do México pressiona preços e reduz vacância na região. (Foto: Canva)

O mercado de galpões logísticos na América Latina atravessa um ciclo de expansão que pressiona os preços de locação em seus principais polos. Segundo estudo da Cushman & Wakefield, publicado pela Bloomberg Línea, a taxa média de vacância caiu para 5,83% no 1º semestre de 2025, uma queda de 13,1% em relação ao mesmo período de 2024. A baixa disponibilidade de espaços mantém a demanda aquecida em São Paulo e Cidade do México, que concentram 72% do estoque regional.

Mercado de galpões logísticos: vacância em baixa e estoques em alta

O levantamento da Cushman & Wakefield evidencia o aquecimento do mercado de galpões logísticos na América Latina, marcado por expansão de estoques e aumento expressivo nos preços de locação. Os números mais recentes mostram:

  • Estoque total: 45,8 milhões de m² (+4,28% na comparação anual)
  • Cidade do México: US$ 11,05/m²/mês (+23% em um ano, maior valor da região)
  • São Paulo: US$ 5,21/m²/mês (+14%)
  • Rio de Janeiro: US$ 4,09/m²/mês
  • Média regional: US$ 6,11/m²/mês (+20% frente a 2024)

Nearshoring aquece o mercado

Segundo Dennys Andrade, head de pesquisa de mercado da Cushman & Wakefield Brasil, “a absorção está superando a oferta, o que tende a pressionar os preços para cima”. O especialista aponta que o avanço do nearshoring — relocação de operações industriais para perto dos consumidores — é o fator determinante dessa pressão, intensificado após a pandemia e pela dependência global de insumos asiáticos. O fato impulsiona setores como comércio eletrônico, manufatura, automotivo e varejo, que buscam galpões bem localizados e conectados a portos e aeroportos.

Projeções para o mercado de galpões logísticos até 2026

A publicação aponta que o crescimento do mercado de galpões logísticos varia entre países, com destaque para São Paulo e outros polos regionais. Os resultados do estudo apontam:

  • São Paulo: crescimento de 8,1% (maior avanço entre os mercados avaliados)
  • Santiago: expansão de 7,8%
  • Bogotá: aumento de 6,2%
  • Lima: alta de 3,7%

No Brasil, Andrade observa que a valorização deve continuar em 2025 e 2026, sobretudo em polos logísticos tradicionais e ativos premium. O relatório também relaciona o desempenho do setor à atividade portuária, com destaque para Santos (Brasil) e Manzanillo (México).

Alto Custo de armazenagem

O cenário atual do mercado de galpões logísticos na América Latina sinaliza uma fase de consolidação com valorização dos aluguéis e maior competição por ativos bem localizados. O avanço do nearshoring e a força de São Paulo e Cidade do México projetam custos crescentes para empresas, enquanto a integração portuária e o desenvolvimento de hubs regionais reforçam o papel estratégico da região nas cadeias globais de suprimentos.

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