A produção de carnes no Brasil em 2026 deve alcançar 32,3 milhões de toneladas, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A estimativa poderá representar um novo recorde histórico para o país e reflete a combinação de maior produtividade e demanda externa consistente. O destaque ficará para a carne suína e a de frango, que puxam o crescimento do setor, enquanto a bovina deve apresentar retração leve diante de ajustes no rebanho e custos de produção.
Mercados externos e a produção de carnes no Brasil
A projeção ocorre em um cenário de forte apetite internacional. A China segue como principal destino das proteínas brasileiras, mas novos mercados asiáticos vêm ampliando contratos de compra, reforçando a liderança do Brasil como exportador global. Esse desempenho externo garante fluxo de divisas ao agronegócio e fortalece a balança comercial do país.
Suínos e frango lideram expansão da produção
O avanço de suínos e frango é explicado pela adaptação mais rápida dessas cadeias às exigências sanitárias e pela competitividade de custos. Ao mesmo tempo, a produção bovina enfrenta margens mais estreitas e desafios ambientais, fatores que limitam o ritmo de crescimento no curto prazo. A diversificação entre proteínas torna-se estratégica para sustentar a competitividade brasileira diante das oscilações do mercado global.
Consumo interno e exportações equilibram a produção de carnes no Brasil
Segundo a Conab, a boa oferta esperada permitirá atender tanto ao consumo interno quanto às exportações recordes. Esse equilíbrio é relevante em um momento em que a inflação dos alimentos ainda pressiona parte da população. Para 2026, o desafio será manter competitividade sem reduzir a oferta doméstica, garantindo acesso ao consumidor e preservando espaço no mercado internacional.
A trajetória projetada pela Conab reforça o papel do país como fornecedor de alimentos em escala global. A depender do ritmo das exportações e da estabilidade de custos, a produção de carnes no Brasil em 2026 pode consolidar ganhos de produtividade e ampliar participação no comércio mundial, fortalecendo a posição do agronegócio.