Conteúdo Patrocinado
Anúncio SST SESI

Primeiro bilionário do mundo: a ascensão de John Rockefeller

Em 1916, John D. Rockefeller entrou para a história como o primeiro bilionário do mundo. Sua fortuna, construída com a Standard Oil, equivalia a mais de 1,5% do PIB dos EUA. Entenda seu legado, a crítica ao monopólio e o impacto até hoje.
Retrato histórico de John D. Rockefeller, reconhecido como o primeiro bilionário do mundo.
John D. Rockefeller entrou para a história como o primeiro bilionário do mundo, com fortuna ligada à Standard Oil. (Imagem: Divulgação/Wikimedia Commons)

Poucos imaginam que, antes da era da tecnologia, um empresário já havia atingido a marca de bilhão em dólares. Esse pioneiro foi John Davison Rockefeller, magnata do petróleo que, em 1916, tornou-se o primeiro bilionário do mundo. Sua fortuna não chamou atenção apenas pelo número absoluto, mas também porque equivalia a 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, algo sem paralelo até hoje.

O império do petróleo que moldou a fortuna

Rockefeller fundou a Standard Oil em 1870 e transformou uma pequena refinaria em um conglomerado que chegou a dominar quase 90% do mercado de petróleo norte-americano. A empresa integrava refino, transporte e distribuição, reduzindo custos e eliminando competidores.

Além disso, utilizava descontos secretos em ferrovias, prática que pressionava rivais. Porém, esse poder levou a Suprema Corte dos EUA, em 1911, a determinar a fragmentação da Standard Oil em 34 empresas independentes, como Exxon, Chevron e Mobil. Assim, mesmo após a divisão, a riqueza acumulada consolidou sua posição como o primeiro bilionário do mundo.

O primeiro bilionário do mundo em perspectiva e os bilionários atuais

O marco de 1916 consolidou Rockefeller como o primeiro homem bilionário da história. Segundo o Click Petróleo e Gás, sua fortuna representava 1,53% do PIB americano. Quando morreu, em 1937, possuía US$ 1,4 bilhão, ou 1,8% da economia dos EUA.

Além disso, estudos estimam que, se sua riqueza fosse atualizada para hoje, variaria entre US$ 200 bilhões e US$ 400 bilhões, dependendo da metodologia. A Suno aponta que, nesse patamar, ele superaria nomes atuais.

Atualmente, segundo o Bloomberg Billionaires Index, Elon Musk lidera como o mais rico do mundo, com US$ 383 bilhões, seguido por Larry Ellison (Oracle, US$ 291 bi) e Mark Zuckerberg (Meta, US$ 264 bi). Jeff Bezos e Bernard Arnault aparecem logo atrás, enquanto Bill Gates mantém cerca de US$ 121 bilhões. Ainda assim, nenhum deles iguala o peso proporcional do primeiro bilionário do mundo em sua época.

Essa comparação mostra duas realidades: em valores absolutos, bilionários modernos rivalizam ou superam Rockefeller; mas, em termos de influência relativa sobre a economia, o magnata permanece isolado. Desse modo, enquanto Musk investe em carros elétricos e espaço, e Bezos consolidou o comércio eletrônico, Rockefeller moldou uma indústria essencial para a industrialização global.

📌 Quanto valeria hoje a fortuna de Rockefeller

  • Ajuste pelo consumo (CPI): cerca de US$ 30 bilhões.
  • Proporção no PIB dos EUA: entre US$ 400 bilhões e US$ 600 bilhões.
  • Estudos variam de US$ 330 bilhões a US$ 631 bilhões, conforme a metodologia.

Entre monopólio e filantropia

O legado do primeiro bilionário do mundo também envolve dualidade. A Standard Oil foi acusada de práticas monopolistas, porém, Rockefeller destinou mais de US$ 500 milhões a fundações de saúde e educação.

Nesse sentido, esses recursos financiaram pesquisas contra doenças como malária e febre amarela, além de sustentar universidades e institutos de pesquisa. Portanto, o bilionário pioneiro deixou um legado que não se limita à acumulação de riqueza, mas também à criação de uma estrutura filantrópica duradoura.

Primeiro bilionário do mundo e os bilionários de hoje: o debate que permanece

O título de primeiro bilionário do mundo não é apenas histórico. Ele mostra como fortunas extraordinárias podem alterar a economia de países, influenciar políticas públicas e sustentar instituições por décadas. Assim, o debate sobre concentração de riqueza, levantado há mais de um século, continua atual diante da ascensão de bilionários globais e do impacto que exercem sobre tecnologia, meio ambiente e saúde.

Confira nossos canais
Siga nas Redes Sociais
Notícias Relacionadas