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A história do PIX: cinco anos que transformaram os pagamentos no Brasil

O PIX está perto de completar 5 anos já movimentou trilhões, ampliou a inclusão financeira e pressiona cartões. O Banco Central prepara novas funções, como PIX Automático e Parcelado, e discute expansão internacional.
PIX perto de completar 5 anos — aplicativo do Banco Central exibido em celular com tela de pagamento digital
PIX perto de completar 5 anos: sistema do Banco Central movimentou trilhões e se consolidou como referência mundial em pagamentos instantâneos (Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil/Arquivo)

A história do PIX começou em 16/11/2020, quando o Banco Central lançou oficialmente o sistema de pagamentos instantâneos no Brasil. Agora perto dos cinco anos, o PIX movimentou R$ 26,4 trilhões em 2024, contra R$ 149,8 bilhões em 2020. Assim, o crescimento foi de cerca de 176 vezes em apenas quatro anos.

Por que o Banco Central criou o PIX

O objetivo inicial foi claro: ampliar a inclusão financeira, reduzir custos e oferecer alternativa a TED e DOC. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o PIX rapidamente superou os meios tradicionais, tornando-se o principal canal de transações digitais.

O economista da FGV Roberto Kanter observa que a ferramenta mudou a rotina dos consumidores. “Em menos de quatro anos, o PIX reduziu significativamente a dependência de meios tradicionais de pagamento, sobretudo transferências bancárias e uso de cartões para transações de baixo valor.”

Impactos econômicos e sociais da história do PIX

Nesses quase cinco anos de história, o sistema não só facilitou pagamentos, mas também trouxe milhões de brasileiros para o sistema bancário. Além disso, pequenos negócios e autônomos passaram a usá-lo diariamente, reduzindo gastos com taxas de cartões.

  • 2020: R$ 149,8 bilhões movimentados
  • 2024: R$ 26,4 trilhões
  • 2025: expectativa de novo recorde

Nesse sentido, a expansão pressionou o setor de cartões. Kanter lembra que “sua ampla adesão afetou de imediato as bandeiras de cartão, que perderam participação em operações de débito e, em parte, também nas de crédito parcelado de curto prazo.”

Por outro lado, os cartões não perderam relevância. Para Fernando Bacchin, diretor do Inter, “o cartão de crédito continua com bom desempenho devido à facilidade de pagamento na fatura sem juros e ao parcelamento sem juros, algo que o PIX Crédito, em muitos bancos, cobra juros.”

Riscos e disputas ao longo da história do PIX

A popularização também trouxe riscos. No entanto, fraudes digitais cresceram, obrigando o Banco Central a impor limites e bloqueios.

Em paralelo, no cenário externo, os Estados Unidos abriram em julho de 2025 uma investigação contra o Brasil no âmbito da Seção 301, citando o PIX em alegações de desvantagem competitiva para empresas americanas de serviços financeiros.

O PIX no cenário internacional

Em comparação com outras economias, a escala brasileira é distinta. A Índia opera o UPI, inspiração para o PIX. Na China, Alipay e WeChat Pay dominam. Nos Estados Unidos, o FedNow, lançado em 2023, ainda enfrenta baixa adesão. Já na Europa, o regulamento de pagamentos instantâneos (IPR) entrou em vigor em 2024. Até o 3º trimestre daquele ano apenas 19,7% das transferências SEPA eram instantâneas, bem abaixo da realidade brasileira.

O diferencial do PIX está no fato de ser uma infraestrutura pública e gratuita para pessoas físicas, integrada a todos os bancos e fintechs de forma obrigatória. Enquanto outros serviços dependem de empresas privadas ou adesão voluntária, no Brasil o PIX se consolidou em tempo recorde porque foi desenhado como política pública nacional, o que garantiu capilaridade e alcance sem precedentes.

Próximos capítulos da história do PIX

Em 16/06/2025, entrou em operação o PIX Automático, voltado a débitos recorrentes. Além disso, o Banco Central anunciou o PIX Parcelado (setembro/2025) e o PIX em Garantia (2026).

Nesse sentido, bancos e fintechs ampliam soluções. O Itaú, por exemplo, lançou o PIX no WhatsApp, o PIX por aproximação (NFC) e serviços como PIX Copia e Cola. Para o executivo João Araújo, “além da agenda promovida pelo Banco Central, o Itaú tem escutado os seus clientes para disponibilizar soluções que estejam adequadas às suas necessidades.”

A história do PIX como referência mundial

A história do PIX, perto de completar cinco anos, mostra como um sistema público pode redefinir pagamentos. Portanto, com escala trilionária, impacto social e disputas internacionais, o desafio agora é equilibrar expansão e segurança, enquanto o Banco Central avança na internacionalização pelo Project Nexus, do Banco de Compensações Internacionais.

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