A versão paga da Meta na Europa tornou-se um teste central para compatibilizar modelo de negócios e privacidade nas redes sociais. Portanto, enquanto a Meta oferece uma alternativa sem anúncios por assinatura, críticos sustentam que o usuário enfrenta um dilema prático: ou paga, ou consente. Além disso, o tema já saiu do marketing e, assim, alcança reguladores, tribunais e consumidores.
Meta versão paga na Europa: marcos e preços oficiais
Os principais marcos e valores do lançamento ajudam a compreender a trajetória dessa iniciativa:
- Desde 2023, a União Europeia pressiona a empresa por escolhas reais no uso de dados.
- em janeiro de 2024, a Meta lançou a versão sem anúncios em parte da União Europeia.
- Em 26 de setembro de 2025, o modelo foi estendido ao Reino Unido; os preços oficiais são £2,99 por mês (web) e £3,99 em dispositivos móveis, com taxas adicionais para contas extras.
Desse modo, Meta versão paga na Europa tornou-se referência para discutir proporcionalidade regulatória e sustentabilidade econômica, além de influenciar outros mercados.
Conflitos jurídicos e o desafio do Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR)
Sob o Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR), autoridades exigem alternativas justas e proporcionais ao uso de dados; assim, cobrar por privacidade suscita dúvidas sobre barreiras socioeconômicas. Contudo, decisões do Tribunal de Justiça da União Europeia indicam que a escolha do usuário deve ser efetiva, portanto, não meramente uma troca de dados por anúncios. Desse modo, a Meta segue sob monitoramento, enquanto empresas e reguladores calibram parâmetros de legalidade e concorrência.
Denúncias de consumidores e questionamentos ao modelo pago
Assim, grupos de defesa do consumidor afirmam que Meta versão paga na Europa pode transformar um direito fundamental em produto. Os pontos centrais das queixas são:
- Em 23 de janeiro de 2025, a None of Your Business (NOYB), organização europeia fundada pelo advogado e ativista Max Schrems, e o Bureau Européen des Unions de Consommateurs (BEUC), federação que reúne mais de 45 associações nacionais de consumidores em 31 países, formalizaram denúncias alegando violação do GDPR.
- Além disso, as entidades acusam que a “escolha” binária reduz a liberdade do usuário (paga/consente).
- Por fim, elas reivindicam alternativas que garantam privacidade sem pedágio financeiro.
“O consentimento não pode ser condicionado a um pedágio digital” — NOYB e BEUC, em nota conjunta.
Meta versão paga na Europa e impactos futuros na regulação digital
A versão paga da Meta na Europa já orienta debates no California Consumer Privacy Act (CCPA); enquanto isso, no Brasil, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) deve confrontar a compatibilidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Dessa forma, o caso europeu tende a definir limites comerciais e garantias de privacidade e, por fim, influenciar como bilhões de pessoas interagem com redes sociais.