O Rio de Janeiro aposta alto na FIT Argentina, feira de turismo que ocorre em Buenos Aires de 27 a 30 de setembro. A estratégia envolve uma presença ampliada, considerada a maior já realizada pelo governo estadual em um evento internacional, com foco no público argentino, historicamente um dos principais mercados emissores para o estado.
FIT Argentina como vitrine estratégica
No estande fluminense, atrações como a cenografia inspirada no Bondinho do Pão de Açúcar e a ativação da Orla Rio funcionam como chamariz para agentes de viagem e potenciais parceiros. Mais do que exibir símbolos icônicos, o governo pretende reposicionar o turismo do estado como experiência integrada, que une lazer, cultura e negócios. A expectativa é gerar novas oportunidades em um cenário global de disputa crescente por visitantes.
Gastronomia e identidade cultural
A FIT Argentina será palco da prévia de um roteiro gastronômico e cultural ligado ao festival Sabores da Orla 2026. A iniciativa pretende ampliar a visibilidade dos quiosques cariocas e associar a culinária praiana à identidade cultural do Rio. O formato busca responder a uma tendência internacional: turistas que priorizam experiências autênticas, conectadas à vida local. Em 2025, o festival já havia registrado a venda de 70 mil pratos, evidência do seu potencial de expansão.
Metas e riscos do plano
A Secretaria de Turismo do Rio de Janeiro traçou como objetivo dobrar a presença de argentinos em relação a 2024 e superar a marca de 2 milhões de turistas estrangeiros até dezembro. O número é ambicioso diante das oscilações cambiais e da concorrência de outros destinos latino-americanos. Segundo o secretário Gustavo Tutuca, a participação na FIT Argentina é voltada para “negócios, promoção e relacionamento”, mas especialistas apontam que a consolidação dos resultados dependerá da capacidade de transformar campanhas de impacto em fluxo efetivo de visitantes.
Impacto no posicionamento do Rio na FIT Argentina
A participação na FIT Argentina destaca um esforço do Rio de Janeiro em disputar espaço em mercados estratégicos e reduzir a dependência de iniciativas pontuais. Se bem-sucedida, a estratégia poderá consolidar a orla como produto turístico estruturado e dar maior protagonismo ao estado no mapa latino-americano do setor. O desafio será sustentar esse impulso no médio prazo, ampliando a base de empreendedores locais e equilibrando a promessa de crescimento com práticas sustentáveis de gestão turística.










