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Empregos na construção civil em agosto: setor mantém saldo positivo

A geração de empregos na construção civil em agosto trouxe resultados positivos para a economia brasileira, com a criação de 17.328 vagas formais. Embora o desempenho seja menor que o do ano anterior, o setor mantém um saldo positivo há oito meses, acumulando 194.545 novas vagas em 2025. A economista-chefe da CBIC, Ieda Vasconcelos, destaca que os altos juros podem dificultar novos investimentos. Entenda como esses fatores podem afetar o futuro da construção civil e a absorção de mão de obra no país.
Empregos na construção civil em agosto, trabalhador em obra com estrutura de ferro
Empregos na construção civil em agosto cresceram 17.328 vagas formais, segundo dados do Caged. (Canva)

A geração de empregos na construção civil em agosto reforçou o peso do setor na economia brasileira. O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego nesta segunda-feira (29), apontou a criação de 17.328 vagas formais no mês. A expansão ocorreu com 7.001 postos na construção de edifícios, 5.072 em obras de infraestrutura e 5.255 em serviços especializados para a construção.

Empregos na construção civil em agosto mantém ritmo em 2025

Entre janeiro e agosto, a construção acumulou 194.545 novos empregos com carteira assinada. Esse volume representa 12,95% das 1,501 milhão de vagas criadas no país. O número ficou abaixo do mesmo período de 2024, quando o setor abriu 214.676 postos. Ainda assim, confirma oito meses consecutivos de saldo positivo na geração de empregos. O total de trabalhadores formais chegou a 3,052 milhões, muito próximo do recorde histórico de 3,074 milhões registrado em outubro de 2013.

CBIC alerta para os juros

Para a economista-chefe da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos, a evolução recente é reflexo da natureza de longo prazo do setor.

“Os lançamentos e as vendas de anos mais recentes continuam proporcionando a criação de novos postos de trabalho. Entretanto, o setor permanece preocupado com o cenário caracterizado por um alto patamar de juros, que acaba inibindo ou adiando novos investimentos”, afirmou.

O presidente do Sindicato das Sociedades de Fomento Mercantil (SINFAC CE.PI.MA.RN), Geldo Machado, também avaliou que o custo elevado do crédito segue como entrave para novos empreendimentos.

“Enquanto os juros permanecerem nesse nível, a construção terá dificuldade para transformar seu potencial em mais obras e contratações. Isso limita a expansão e pode reduzir o ritmo da geração de empregos”, destacou Machado.

Perspectivas para empregos na construção civil em agosto

Os números mostram que a construção civil permanece como importante motor de absorção de mão de obra. Porém, a continuidade dessa trajetória dependerá do custo do crédito e da capacidade de sustentar investimentos em obras e infraestrutura. Se os juros permanecerem elevados, o ritmo atual pode perder força, atrasando novos projetos e limitando a expansão de vagas. Nesse cenário, os empregos na construção civil em agosto reforçam a relevância do setor, mas também evidenciam o desafio de manter esse desempenho nos próximos meses.

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