O Brasil seguirá sem horário de verão em 2025, a decisão é do Ministério de Minas e Energia (MME) e reacendeu um embate entre diferentes segmentos da economia. Os impactos econômicos do horário de verão passaram a orientar notas e comunicados recentes: comércio, bares e turismo defendem a volta da medida, enquanto companhias aéreas e setores industriais reforçam preocupações sobre custos e logística.
No meio dessa disputa, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) admite que o mecanismo pode ser recomendável. No entanto, o governo só cogita aplicá-lo diante de risco efetivo de suprimento.
Ganhos para comércio, bares e turismo
Entre os defensores estão a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) e entidades ligadas ao turismo. Em setembro de 2025, a Abrasel afirmou que a retomada do horário de verão poderia gerar até 15% de aumento no faturamento do setor, graças ao maior fluxo de clientes entre 18h e 21h.
Além da questão econômica, a entidade destaca que a medida proporcionaria maior sensação de segurança no espaço público e reduziria o acionamento de termelétricas. Além disso, o comércio varejista e a hotelaria têm apoiado a volta da política, vendo nela uma oportunidade de alongar o tempo útil de consumo.
Impactos econômicos do horário de verão
Do ponto de vista técnico, o ONS avalia que o horário de verão pode ajudar a aliviar a demanda elétrica em horários de pico, sobretudo quando os reservatórios estão pressionados. Em julho de 2025, o operador reforçou a recomendação de adotar a medida como forma de reduzir sobrecarga no início da noite. Para entidades como a Abrasel, esse argumento é decisivo para justificar o retorno.
No entanto, o MME ressalta que os hábitos de consumo mudaram, com uso intenso de ar-condicionado deslocando o pico para o fim da tarde, o que reduz parte dos ganhos energéticos. Assim, os impactos econômicos do horário de verão seguem sendo interpretados de forma divergente entre os agentes.
Custos e riscos no setor aéreo e industrial
No lado contrário estão companhias aéreas e parte da indústria. A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR) argumenta que a mudança abrupta no horário compromete conexões internacionais, exige reprogramação de malhas e pode gerar atrasos em aeroportos.
O setor pede que qualquer decisão seja comunicada com 180 dias de antecedência para permitir ajustes. Contudo, entidades industriais apontam que a medida não gera alívio expressivo no custo energético. Outra conseqeência é o aumento de despesas com turnos e processos. A medida anula os benefícios esperados.
O que revelam os impactos econômicos do horário de verão?
A disputa entre setores deve permanecer até 2026. Afinal, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) mantém a avaliação contínua da medida. O governo sinaliza que não adotará o horário de verão sem necessidade comprovada. No entanto, a pressão de entidades ligadas ao consumo tende a crescer diante da possibilidade de ganhos em arrecadação e emprego.
Nesse cenário, os impactos econômicos do horário de verão se consolidam como o ponto central da discussão. Com isso, há a possibilidade de tensão entre previsibilidade operacional e estímulo ao crescimento do mercado interno.