O emprego formal no Brasil alcançou um novo patamar no trimestre encerrado em agosto de 2025. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram 39,1 milhões de trabalhadores com carteira assinada, o maior número da série histórica. Esse avanço acompanha a taxa de desocupação em 5,6%, mínima desde 2012, e reforça a consolidação de um ciclo positivo no mercado de trabalho.
Além disso, o total de ocupados chegou a 102,4 milhões de pessoas, com destaque para os setores público e agrícola. Para analistas do IBGE, a safra de café no Nordeste e Sudeste contribuiu para ampliar as oportunidades, especialmente na Bahia.
Emprego formal no Brasil impulsiona confiança
O crescimento do emprego formal no Brasil com carteira assinada reflete mudanças no comportamento das empresas, que, como resultado, buscam garantir maior estabilidade e benefícios para atrair mão de obra. Com isso, a disponibilidade menor de trabalhadores faz com que negociações mais vantajosas possam aparecer.
Por outro lado, os informais somaram 38,9 milhões de pessoas, número estável, com destaque para os 19,1 milhões de trabalhadores por conta própria sem CNPJ, único grupo com crescimento no período.
Queda do desalento e da subutilização
Outro dado relevante foi a redução do desalento para 2,7 milhões, o menor contingente desde 2016. A taxa de subutilização caiu para 14,1%, também mínima da série. Segundo o IBGE, esse movimento demonstra que parte dos trabalhadores voltou a acreditar em oportunidades reais de emprego.
Nesse cenário, categorias como serviços domésticos recuaram, enquanto a administração pública e a agricultura apresentaram alta de ocupação.
Emprego formal no Brasil e poder de compra
A renda média real habitual atingiu R$ 3.488, alta de 3,3% frente ao mesmo trimestre de 2024. Já a massa salarial alcançou R$ 352,6 bilhões, novo recorde. Entre os empregados com carteira, o rendimento subiu 2,0%, enquanto os por conta própria tiveram aumento de 4,6%.
Portanto, o desempenho reforça que o emprego formal no Brasil não apenas cresce em volume, mas também contribui para a melhora do poder de compra, criando um ambiente mais favorável ao consumo e aos investimentos.