A CredAluga, startup mineira fundada em 2022, captou R$ 60 milhões em rodada Série A liderada pela Provence Partners. A empresa usará o valor para ampliar a base de clientes, lançar novos produtos financeiros e investir em inteligência artificial no aluguel, especialmente em cobrança de inquilinos e análise de inadimplência.
Inteligência artificial no aluguel como diferencial competitivo
Nos últimos 12 meses, a receita da fintech cresceu 200%, resultado do avanço com 1.300 imobiliárias parceiras e mais de 30 mil contratos ativos. Além disso, a meta é automatizar mais de 50% das operações até 2026, incluindo a checagem de contratos de locação. O uso da inteligência artificial no aluguel reduz erros, economiza tempo e melhora a eficiência das imobiliárias.
Fundo e expansão do portfólio
O modelo começou com a fiança digital, em que o inquilino paga um percentual do aluguel para substituir fiador ou caução. Depois, em 2024, surgiu o Fundo CredAluga, já com R$ 25 milhões sob gestão. A expectativa é alcançar R$ 1 bilhão até 2028. Hoje, 20% dos clientes da fiança também aderem ao fundo, que se transformou em porta de entrada para novas parcerias. Nesse processo, a inteligência artificial no aluguel também apoia o crescimento ao ampliar a análise de risco.
Novas tendências do mercado imobiliário com inteligência artificial
De acordo com dados do IBGE de 2022, 20,9% da população brasileira vivia em domicílios alugados. Dois anos depois, estimativa divulgada em 2024 apontou que essa proporção chegou a 23%, equivalente a cerca de 17,8 milhões de lares no país.
Nesse cenário, ganham força formatos como os prédios multifamily, voltados exclusivamente para locação. A CredAluga já atua nesse nicho em parceria com a Luggo, do grupo MRV&CO, reforçando sua posição em um mercado competitivo. A oferta de garantias digitais apoiadas por inteligência artificial no aluguel torna-se cada vez mais atrativa para esse segmento.
Crescimento com tecnologia
O projeto da CredAluga se insere em um momento em que o aluguel ganha peso crescente na economia doméstica e pressiona por soluções financeiras mais ágeis. Nesse contexto, também pode alterar a lógica de acesso a imóveis, ao oferecer garantias mais inclusivas para famílias e investidores.
A combinação entre tecnologia, fundo imobiliário e parcerias institucionais revela uma estratégia que ultrapassa o papel de fiador digital e se aproxima de uma infraestrutura financeira para o mercado de locação. Se cumprir a meta de multiplicar o negócio por dez até 2030, a startup pode consolidar um modelo que redesenha a intermediação entre inquilinos, proprietários e imobiliárias no Brasil.
“Nosso objetivo é ser o parceiro estratégico da imobiliária para produtos financeiros”, afirma Daniel Santos, fundador da startup.