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Brasil x Austrália: contraste expõe custo elevado do crédito no país

A distância entre os juros Brasil Austrália revela o custo elevado do crédito no país. Enquanto a Austrália segura a taxa em 3,60% ao ano, o Brasil mantém a Selic em 15%, o que restringe consumo e investimento.
Juros altos no Brasil em setembro de 2025
Juros altos no Brasil permanecem em 15% ao ano, enquanto a Austrália mantém taxa em 3,60%.

O contraste entre juros altos no Brasil e a taxa da Austrália voltou a ganhar destaque em setembro de 2025. Nesta terça-feira (30/09), o Reserve Bank of Australia manteve a taxa básica em 3,60% ao ano após três cortes no ano. Duas semanas antes, em 17 de setembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BCB) preservou a Selic em 15% ao ano, uma das mais elevadas do mundo.

Essa disparidade evidencia, portanto, como o crédito continua caro no país, o que restringe tanto o consumo das famílias quanto os investimentos das empresas.

Juros altos no Brasil x estabilidade na Austrália

A Austrália conseguiu reduzir sua taxa de 4,35% para 3,60% em 2025, mas interrompeu novos cortes diante de pressões inflacionárias pontuais. Já o Brasil sustenta uma política monetária restritiva, mantendo a Selic elevada para assegurar que a inflação siga em direção à meta.

O resultado é um cenário de crédito mais barato no exterior, enquanto os brasileiros convivem com juros altos no Brasil, que dificultam o crescimento e encarecem o acesso a financiamentos e capital de giro.

Selic em patamar prolongado

A decisão do Copom de manter a Selic em 15% foi acompanhada de sinalização de que esse nível deverá durar por “período bastante prolongado”. Os reflexos dos juros altos no Brasil já são visíveis na economia:

  • Crédito caro para consumidores e empresas, elevando custos de financiamento;
  • Investimentos produtivos menores, em razão do custo elevado do capital;
  • Consumo enfraquecido, com impacto direto no comércio e nos serviços.

Expectativas do mercado para 2026

De acordo com o Boletim Focus divulgado pelo BCB em setembro, a projeção é de que a Selic encerre 2026 em 12,25% ao ano. Essa redução gradual indica que os juros altos no Brasil ainda devem persistir por longo período. Enquanto isso, a Austrália atua em patamar comparável ao de economias desenvolvidas, o que amplia o espaço para crescimento sustentado com crédito acessível e menos restrições para empresas e famílias.

Juros altos no Brasil e seus impactos econômicos

A permanência de juros altos no Brasil traduz mais do que números: representa uma política que busca estabilidade inflacionária, mas que impõe custo elevado a atividade econômica.

Com crédito caro e investimentos limitados, o país tende a preservar a confiança nos preços, porém em detrimento de uma recuperação mais vigorosa do setor produtivo. Com isso, esse equilíbrio delicado deve marcar a política monetária brasileira nos próximos anos

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