A multa do Procon à Marisa alcançou R$ 1.039.222,22, conforme o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). O órgão entendeu que a varejista violou o Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/1990) ao incluir seguros e serviços não solicitados nas faturas de cartões de crédito, caracterizando cobrança indevida e prática abusiva.
Além disso, a Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de Belo Horizonte identificou centenas de reclamações semelhantes. O Procon-MG concluiu que os clientes precisavam contestar e reiterar pedidos de exclusão para reaver valores. O episódio reacende o debate sobre conformidade legal e transparência nas relações de consumo do varejo brasileiro.
Multa do Procon à Marisa e a responsabilidade no varejo
A decisão leva em conta a gravidade da infração, o porte econômico da companhia e o ganho financeiro obtido. Para o Procon-MG, o episódio reforça a necessidade de fortalecer a responsabilidade corporativa e os controles internos nas empresas de grande porte. O órgão também avalia intensificar as sanções administrativas em casos de reincidência ou prejuízo coletivo ao consumidor.
A Marisa, em nota oficial, informou que o processo se refere a fatos anteriores a 2018 e que a decisão já havia sido anulada em segunda instância. A empresa afirma que a ocorrência atual ainda está em discussão administrativa e judicial, repetindo fundamentos que levaram à anulação anterior. A rede varejista reforçou seu compromisso com os direitos do consumidor e as boas práticas de atendimento.
Código de Defesa do Consumidor e impacto da decisão
A legislação brasileira é clara ao proibir o envio de produtos ou serviços não solicitados e ao impedir que fornecedores se aproveitem da vulnerabilidade dos clientes. Especialistas apontam que o caso pode se tornar referência para outros processos em curso contra grandes redes de varejo. Segundo analistas, a multa do Procon à Marisa sinaliza maior rigor na defesa do consumidor em todo o país.
Governança e imagem corporativa no varejo brasileiro
A disputa entre o Procon-MG e a Marisa mostra como o cumprimento de normas de consumo se tornou parte central da governança corporativa. Para o varejo, casos como este evidenciam que a reputação das empresas depende cada vez mais da relação com clientes e da capacidade de corrigir práticas abusivas. No cenário atual, a transparência será o fator decisivo entre penalização e confiança do consumidor.