A aquisição da EMAE pela Sabesp foi anunciada neste domingo (05/10) por meio de fato relevante ao mercado. A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SBSP3) assinou contratos para comprar o controle da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (EMAE4) por R$ 1,131 bilhão.
Segundo o documento, a Sabesp firmou acordo com a Eletrobras para adquirir 66,8% das ações preferenciais da EMAE a R$ 32,07 por ação. A Sabesp também assinou contrato com a Phoenix Água e Energia para comprar 74,9% das ações ordinárias, ao preço de R$ 59,33 por ação. As duas operações ocorreram separadamente e ainda aguardam aprovação dos órgãos regulatórios e concorrenciais, além de outras condições previstas em contrato.
Aquisição da EMAE pela Sabesp amplia gestão de recursos hídricos
Com a conclusão das etapas, a Sabesp passará a deter 70,1% do capital da EMAE. A companhia afirma que a aquisição da EMAE pela Sabesp reforça a segurança hídrica da Região Metropolitana de São Paulo ao integrar os sistemas Guarapiranga e Billings. A incorporação também acrescenta um portfólio de ativos de geração elétrica com contratos indexados à inflação e receitas de longo prazo, o que, segundo a empresa, garante estabilidade financeira.
Em comunicado, a Sabesp declarou que a operação amplia sua atuação ao alinhar saneamento e energia em uma estratégia de gestão integrada. A empresa destacou que a conexão entre reservatórios aumenta a flexibilidade operacional e favorece o uso múltiplo dos mananciais.
Eletrobras confirma venda e prioriza eficiência de capital
A Eletrobras informou a venda de 14,8 milhões de ações preferenciais da EMAE, totalizando R$ 476,5 milhões. O contrato prevê pagamentos adicionais (earnout) atrelados ao desempenho futuro.
De acordo com a estatal, o desinvestimento faz parte do compromisso “com a simplificação de sua estrutura e eficiência na alocação de capital”, conforme seu Plano Estratégico.
Novo cenário no setor de infraestrutura
O avanço da aquisição da EMAE pela Sabesp depende da aprovação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Se confirmada, a operação reposicionará a Sabesp no mercado de infraestrutura e ampliará a capacidade da companhia de gerar valor no longo prazo.