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Johnson & Johnson é condenada a pagar US$ 966 mi por talco cancerígeno

A Johnson & Johnson foi condenada a pagar indenização de US$ 966 milhões à família de Mae Moore, vítima de mesotelioma, tipo raro de câncer associado ao amianto. A decisão marca um dos maiores litígios corporativos recentes e reforça a pressão sobre o setor farmacêutico por transparência e segurança em produtos de consumo. Analistas apontam que o caso amplia os riscos financeiros e reputacionais da companhia, que ainda enfrenta mais de 60 mil ações relacionadas ao uso de talco.
Johnson & Johnson condenada nos EUA a pagar indenização de US$ 966 mi por talco cancerígeno.
A condenação por talco cancerígeno reforça os riscos jurídicos e financeiros enfrentados pela Johnson & Johnson em tribunais dos Estados Unidos. (Fonte: Wikimedia Commons)

Na terça-feira (07/10), a Johnson & Johnson foi condenada a pagar indenização histórica de US$ 966 milhões à família de Mae Moore, mulher que morreu em 2021 de mesotelioma, tipo raro de câncer ligado ao amianto.

Assim, o caso tornou-se símbolo do maior litígio relacionado a produtos de consumo dos últimos anos. O júri de Los Angeles concluiu que um produto de talco da empresa continha traços da substância e foi o causador da doença.

O valor inclui US$ 16 milhões em danos compensatórios e US$ 950 milhões em punitivos. Apesar disso, a companhia informou que vai recorrer, chamando o veredito de “inconstitucional e grotesco” e alegando que a decisão se baseia em “ciência duvidosa”.

Por fim, a decisão dá continuidade aos processos envolvendo a J&J, condenada a pagar US$ 15 milhões em outro caso no ano passado.

Histórico de disputas da J&J

A condenação de indenização amplia a lista de processos contra a Johnson & Johnson, que já enfrenta mais de 60 mil ações nos Estados Unidos relacionadas ao uso do talco. Desse modo, a empresa acumula um dos maiores passivos judiciais do setor farmacêutico.

Entre os marcos recentes:

  • Em 2024, a subsidiária Red River Talc propôs um acordo de US$ 6,48 bilhões para encerrar parte das ações.
  • Em abril de 2025, um juiz federal rejeitou o plano de falência (Chapter 11) por entender que a empresa não estava insolvente.
  • A venda do talco foi interrompida nos EUA em 2020, após questionamentos sobre segurança.
  • Em outro caso, a companhia já havia sido condenada a pagar US$ 2,1 bilhões por 22 mulheres afetadas com câncer de ovário.

Portanto, o caso Moore consolidou-se como marco jurídico ao reabrir o debate sobre responsabilidade corporativa e segurança do consumidor.

Repercussões da condenação histórica da Johnson & Johnson

A decisão pode influenciar futuras indenizações e ampliar os riscos financeiros da empresa. Além disso, reforça a pressão regulatória para que o setor farmacêutico adote protocolos de transparência e controle de substâncias nocivas.

O impacto sobre a reputação da J&J é expressivo. Nesse contexto, analistas afirmam que a condenação reacende percepções negativas da marca, mesmo após o término das vendas do produto.

Consequentemente, as ações da companhia recuaram ligeiramente após o anúncio, refletindo a insegurança dos investidores diante da possibilidade de novas condenações bilionárias.

Caso reacende debate sobre confiança e litígios corporativos

O episódio volta a expor os limites da responsabilidade empresarial e o custo da falta de transparência. Para especialistas, a sentença contra a Johnson & Johnson, condenada a pagar indenização histórica de quase US$ 1 bilhão, reforça a tendência de punições severas em litígios de saúde pública.

Ainda, o precedente abre espaço para novas ações internacionais, inclusive no Reino Unido, onde grupos de consumidores planejam processos semelhantes.

Em conclusão, a decisão marca um importante ponto de inflexão: quando a busca por lucro ignora o impacto humano, a conta jurídica e moral tende a ser incalculável.

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