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Fast Shop fecha lojas em São Paulo e Curitiba em meio à crise e reestruturação

A crise da Fast Shop resultou no fechamento de quatro lojas nesta semana, marcando o início de uma reestruturação nacional. O caso surgiu após investigações sobre propina em créditos de ICMS, que levaram a multas e mudanças no comando. A empresa afirma que o plano de fechamento já estava previsto e que as demais unidades seguem ativas.
Loja da Fast Shop em shopping de São Paulo, associada à crise da Fast Shop e ao fechamento de unidades no país.
Até então, a crise resultou no fechamento de várias lojas, marcando o início de uma reestruturação nacional. (Imagem: Divulgação)

A crise da Fast Shop ganhou novos capítulos nesta quarta-feira (08/10). Quatro lojas encerraram as atividades em São Paulo e Curitiba, segundo nota oficial. A decisão faz parte de um plano de reestruturação que prevê o fechamento de 11 unidades e de um centro de distribuição no país. O cronograma de encerramentos será realizado de forma escalonada até o fim de outubro.

As próximas lojas a encerrar operações ficam em Salvador, Fortaleza e novamente em São Paulo, com previsão para domingo (12/10). Com isso, a companhia afirmou que busca concentrar as operações em regiões com maior rentabilidade e, assim, melhorar a eficiência logística.

Escândalo do ICMS deu origem à crise na Fast Shop

A Fast Shop entrou em crise em agosto de 2025, após uma investigação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) revelar um esquema de propina ligado à liberação de créditos de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O caso envolveu o então chefe de fiscalização da Secretaria da Fazenda de São Paulo, Artur Silva Neto, e, por isso, gerou forte repercussão no varejo.

Em resposta, a família Kakumoto, controladora da rede, firmou um acordo de não persecução penal com o MP-SP. O compromisso prevê o pagamento de R$ 100 milhões em multa, valor que será quitado pelos executivos e sócios, sem impacto direto sobre o caixa da empresa.

Gestão interina tenta conter danos

Após o escândalo, o conselho da companhia nomeou, em setembro (09/25), o especialista em gestão de crise Rodrigo Ogawa como CEO interino. A escolha tem o objetivo de restabelecer a confiança entre fornecedores, colaboradores e consumidores. Além disso, a nova liderança busca revisar contratos e acordos fiscais.

De acordo com fontes do setor, a gestão pretende adotar medidas de controle interno e também reforçar o diálogo com o Fisco para renegociar dívidas tributárias e outros passivos em aberto. Mesmo assim, a empresa assegura que, apesar da crise na Fast Shop, as demais unidades seguem operando normalmente.

Perspectivas e riscos para o varejo eletrônico

A crise da Fast Shop evidencia os desafios de governança e compliance no varejo eletrônico brasileiro. Nesse contexto, especialistas afirmam que o episódio pode levar a uma revisão das práticas tributárias em todo o setor.

Ainda que a reputação da marca tenha sido afetada, mesmo em um grande centro econômico como São Paulo, analistas acreditam que a empresa mantém força comercial e base fiel de clientes, fatores que podem sustentar uma recuperação gradual. No entanto, o êxito da reestruturação dependerá da transparência e da consistência nas próximas etapas.

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