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Segurança cibernética em fintechs ganha urgência diante do avanço das ameaças digitais

A expansão das fintechs impulsiona a digitalização financeira no Brasil, mas também amplia riscos. Casos recentes de ataques digitais reacenderam o debate sobre segurança cibernética em fintechs e o papel do Banco Central e da ANPD na fiscalização.
Profissional segura notebook com ícone digital de cadeado, simbolizando a proteção de dados e a segurança cibernética em fintechs.
A segurança cibernética em fintechs tornou-se prioridade no setor financeiro diante do aumento dos ataques e da necessidade de políticas de proteção mais rigorosas. (Foto: Freepik)

A segurança cibernética em fintechs passou a ser prioridade para reguladores e empresas após uma série de falhas recentes, incluindo o episódio do fintech Monbank, em setembro de 2025, que expôs dados de clientes e gerou alerta para todo o sistema financeiro. O caso, em que um ataque hacker desviou R$ 4,9 milhões do banco digital, revelou que mesmo instituições em conformidade com as regras básicas podem sofrer incidentes quando não há monitoramento contínuo de vulnerabilidades.

Riscos crescentes para segurança cibernética e padrões mínimos de proteção

As fintechs—empresas que usam a tecnologia para oferecer serviços financeiros inovadores, como pagamentos, crédito, empréstimos e investimentos—concentram grande volume de dados pessoais e financeiros, o que as torna alvos frequentes de ataques digitais. A velocidade de expansão tecnológica, combinada à integração de múltiplas plataformas e provedores externos, amplia a exposição a vulnerabilidades.

Entre os riscos mais comuns enfrentados pelo setor estão:

  • Acesso não autorizado a dados sensíveis: Em razão de falhas de criptografia ou controle de acesso;
  • Integrações inseguras de Interface de Programação de Aplicações (API)s: Que ocorrem especialmente quando ambientes de teste não seguem os mesmos protocolos de segurança da produção;
  • Gestão deficiente de credenciais: Quando uma instituição não adota protocolos seguro para registo e identificação de colaboradores, parceiros e fornecedores terceirizados;
  • Ausência de resposta imediata: Sistemas de segurança desatualizadosou defasados podem causar atrasos após a detecção de incidentes, o que prolonga a exposição dos sistemas às infiltrações de hackers.

Tais pontos críticos reforçam que o crescimento tecnológico precisa vir acompanhado de investimentos proporcionais em infraestrutura, governança e equipes especializadas em segurança digital. Algo que, infelizmente, nem sempre é o caso na segurança cibernética em fintechs.

Regulação e responsabilidade compartilhada

A política de segurança cibernética em fintechs é regida por normas do Banco Central (Resolução CMN nº 4.893/2021), que exige relatórios periódicos, planos de continuidade e comunicação imediata de incidentes. Além disso, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) obriga as instituições a notificar tanto a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) quanto os usuários quando há vazamento de informações.

O desafio está na implementação prática dessas medidas. Enquanto bancos tradicionais mantêm estruturas consolidadas, parte das fintechs ainda lida com limitações técnicas e orçamentárias. Especialistas em governança digital apontam que a prevenção, embora custosa, é mais eficaz do que medidas corretivas após uma violação, tal como demonstram os casos recentes de instabilidade em plataformas financeiras.

Lições e próximos passos para segurança cibernética em fintechs

Os episódios de falhas cibernéticas mostram que a segurança cibernética em fintechs não pode ser tratada como um item opcional, mas como um eixo estratégico. Além de mitigar riscos, protocolos bem estruturados preservam a confiança dos consumidores e evitam impactos reputacionais.

Entre as medidas recomendadas, estão:

  • Autenticação multifatorial; Realizadas para todos os acessos internos e externo, seja de colaboradores ou terceirizados;
  • Auditorias de segurança semestrais: Com testes de penetração independentes em todos os sistemas;
  • Monitoramento contínuo: Seja trafego, atualizações e alertas de invasão;
  • Capacitação de equipes: Treinamentos de segurança regulares, tanto de software quanto de práticas cotidianas de proteção de informações sensíveis, para resposta rápida a incidentes.

No longo prazo, o fortalecimento das defesas digitais dependerá da cooperação entre reguladores, instituições e provedores de tecnologia. A consolidação de um ecossistema seguro é condição para que a inovação financeira avance de forma sustentável.

A confiança digital como principal ativo das fintechs

A expansão das fintechs é um marco da modernização financeira brasileira, mas seu futuro depende diretamente da segurança cibernética e da governança de dados. O ataque a fintech Monbank foi apenas mais um caso entre centenas todos os anos, além de um sinal de alerta: falhas podem ocorrer mesmo com controles básicos implementados.

Manter a confiança do consumidor, portanto, é o ativo mais valioso desse mercado. Instituições que priorizam proteção, transparência e conformidade regulatória estarão mais preparadas para sustentar o crescimento digital. Enfim, transformando a segurança em vantagem competitiva e não apenas em obrigação.

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