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Queda no preço do petróleo hoje resultou da tensão EUA-China

A queda no preço do petróleo mantém o Brent e o WTI nas mínimas em cinco meses, pressionados pelas tensões comerciais entre Estados Unidos e China e pela previsão da Agência Internacional de Energia (IEA) de superávit global em 2026. O aumento da produção da OPEP+ e a fraqueza da demanda reforçam o cenário de excesso de oferta, enquanto as incertezas geopolíticas e as novas sanções contra a Rússia ampliam o risco de um ciclo prolongado de preços baixos no mercado de energia.
plataforma de extração de petróleo no Mar do Norte representando o Brent e a queda no preço do petróleo registrada em 15/10.
Queda no preço do petróleo hoje (15/10) afeta tanto o valor do barril de Brent quanto do WTI, causada pelas tensões crescentes entre China e EUA. (Imagem: Divulgação)

A queda no preço do petróleo registrada hoje, quarta-feira (15/10), fez com que o valor do barril atingisse a mínima em cinco meses. O principal motivo é a escalada nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China. Além disso, a queda é reflexo do alerta da Agência Internacional de Energia (IEA) sobre um possível superávit global em 2026.

Às 11h11 (horário de Brasília) do dia 15/10, o Brent recuava 0,4%, a US$ 62,16 por barril, enquanto o WTI (West Texas Intermediate) perdia 0,2%, a US$ 58,56.

Entenda as diferenças entre os dois produtos:

  • Brent é um tipo de petróleo bruto extraído do Mar do Norte. Serve como referência internacional para definir o preço do barril no mercado global de energia.
  • WTI é um tipo de petróleo leve produzido nos Estados Unidos. É usado como referência para os preços do petróleo na América do Norte, refletindo as condições de oferta e demanda no mercado americano.

A combinação de demanda global enfraquecida e aumento previsto na produção da OPEP+ reforça a percepção de excesso de oferta no horizonte. A IEA estima que o mercado poderá registrar até 4 milhões de barris diários excedentes no próximo ano, volume superior à previsão anterior e que deve acirrar a queda no preço do petróleo.

EUA e China: disputa comercial resultou na queda no preço do petróleo

A queda do preço do petróleo hoje reflete a volta do atrito entre as duas maiores economias do mundo. Nas últimas semanas, Washington e Pequim impuseram novas taxas portuárias sobre embarques bilaterais, o que ameaça rotas globais de transporte de energia.

Segundo o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, os Estados Unidos “não desejam escalar o conflito” e o presidente Donald Trump está disposto a se reunir com Xi Jinping na Coreia do Sul ainda neste mês.

A disputa se soma à pressão deflacionária na China, onde os preços ao consumidor e ao produtor caíram, reflexo da crise no setor imobiliário e da menor demanda industrial. Dessa forma, o cenário reduz o apetite por energia, enfraquecendo ainda mais as cotações internacionais e impulsionando a queda no preço do petróleo.

Mercado reage a sinais da política monetária americana

Nos Estados Unidos, investidores avaliam as declarações do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, que manteve aberta a possibilidade de novos cortes de juros. A expectativa de uma política monetária mais branda costuma impulsionar o crescimento e, por consequência, a queda na demanda por petróleo.

No entanto, analistas ouvidos pela Reuters afirmam que esse efeito é insuficiente para compensar o impacto das incertezas comerciais e impedir a queda no preço do petróleo.

O Bank of America advertiu que, se o impasse entre Washington e Pequim persistir, o Brent pode cair abaixo de US$ 50 nos próximos meses. O banco atribui o risco ao “choque simultâneo de oferta ampliada e demanda enfraquecida”.

Perspectivas para o mercado de energia

Com a queda no preço do petróleo e o alerta da IAE, países exportadores enfrentam risco de perda de receita. Assim, empresas do setor podem revisar seus planos de investimento. Caso as negociações entre EUA e China avancem, o mercado pode encontrar algum alívio. Do contrário, 2025 tende a consolidar um ciclo de queda no preço do petróleo e crescimento moderado no comércio global.

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