O JP Morgan na MBRF passou a deter 5,03% das ações da companhia, o equivalente a 72,3 milhões de papéis ordinários, conforme comunicado divulgado nesta quarta-feira (15/10). O banco JP Morgan informou que a ampliação tem caráter exclusivamente financeiro e não altera o controle ou a administração da empresa.
De acordo com o comunicado, a participação do JP Morgan na MBRF tem como objetivo investimento e proteção de riscos financeiros assumidos em operações com clientes. A operação acontece num momento em que a MBRF, resultado da fusão entre BRF e Marfrig, consolida sua governança e se torna um polo de interesse para investidores globais.
JP Morgan na MBRF reforça interesse global no setor de alimentos
A MBRF, criada pela fusão anunciada em maio deste ano, por sua vez, reúne ativos de R$ 152 bilhões e presença em 117 países. Além disso, o grupo de alimentos, agora sob o olhar do JP Morgan, tem produção anual de 8 milhões de toneladas e marcas icônicas como Sadia, Perdigão, Qualy, Bassi e Banvit. Já a Marfrig, que controla 50,49% da antiga BRF, ainda mantém a National Beef, nos Estados Unidos
Com 43% da receita gerada no mercado norte-americano, a MBRF consolida posição estratégica em exportações e valor agregado. A presença do JP Morgan na MBRF destaca o potencial de valorização da empresa e reforça a percepção internacional de solidez após a fusão.
Perspectivas para a nova fase da MBRF
A atuação do investidor norte-americano JP Morgan na MBRF pode ampliar a liquidez das ações MBRF3 e atrair outros fundos estrangeiros. Especialistas apontam que a entrada do banco reforça a confiança na governança e na eficiência da nova gigante global de proteínas.
A integração entre BRF e Marfrig deve gerar sinergias em custos, exportações e logística. O mercado acompanha o desempenho da MBRF com o JP Morgan como um dos principais acionistas estrangeiros, em meio a um cenário de valorização do dólar e maior busca por ativos defensivos.
Expansão e integração fortalecem a MBRF no mercado global
O JP Morgan na MBRF, por outro lado, simboliza mais que um investimento: representa o reconhecimento da empresa como player global competitivo. Com isso, a consolidação do grupo, unindo marcas tradicionais e estrutura internacional, passa a abrir caminho para novas parcerias e ganhos de escala. A expectativa é que a companhia mantenha crescimento sustentável e atraia mais investidores estratégicos no mercado internacional.