A aviação executiva de luxo ganha um novo competidor com a chegada da BOND, empresa americana fundada por Bill Papariella. Conforme divulgado pela Forbes, a operadora fez um pedido firme de US$ 1,7 bilhão à Bombardier para 50 jatos particulares, com opção de mais 70 aeronaves. Assim, o pedido pode elevar o contrato a US$ 4 bilhões, um dos maiores da fabricante canadense.
Na operação, a firma de investimentos KKR investiu US$ 320 milhões em participação e dívida, retomando a parceria que impulsionou a antiga empresa de Papariella, a Jet Edge. Vendida em 2022 à Vista Global por cerca de US$ 650 milhões, a Jet Edge marcou a ascensão do executivo no setor.
Agora, Papariella retorna com foco em um público de elite, buscando privacidade, autonomia e conforto em viagens intercontinentais.
A disputa no topo da aviação executiva de luxo
Diferente das startups que oferecem jatos leves, como a Jet It e a Volato, a BOND concentrará sua frota em aeronaves supermédias e ultralongas. Entre elas, os modelos Challenger 3500, Global 6500 e Global 8000. A estratégia, portanto, coloca a nova companhia em competição direta com NetJets, Flexjet e VistaJet, os três principais nomes do mercado global de aviação executiva de luxo.
“Somos o elo entre pessoas e lugares. O elo entre nossa empresa, como prestadora de serviços, e nossos clientes”, disse Papariella.
Luxo aéreo e novos investimentos
A estreia da BOND simboliza uma mudança na estrutura competitiva da aviação executiva de luxo, historicamente dominada pelos mesmos grupos. Analistas apontam que o aporte da KKR eleva o padrão de inovação e serviços premium no setor. A Bombardier, por sua vez, reforça sua posição como líder em jatos corporativos de longo alcance, consolidando uma carteira de pedidos bilionária.
Além disso, a aviação executiva vem ganhando destaque em aeroportos ao redor do mundo e também no Brasil. Este fato, aliado ao avanço da demanda por voos personalizados de longo alcance, faz com que a BOND agora se projete como um dos principais nomes de uma nova era da aviação privada, em que o luxo em viagens executivas se redefine por eficiência, tecnologia e exclusividade.