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Swap cambial entre Argentina e EUA consolida pacote de ajuda e reforça reservas do país

O acordo de swap cambial entre Argentina e EUA, no valor de US$ 20 bilhões, foi formalizado nesta segunda (20/10) e integra o pacote americano de US$ 40 bilhões. A medida reforça as reservas internacionais do Banco Central argentino e consolida a aproximação diplomática entre Javier Milei e Washington. Economistas veem o swap como um alívio de curto prazo para a pressão cambial e a volatilidade dos mercados.
Presidente argentino durante coletiva sobre o swap cambial entre Argentina e EUA
O presidente da Argentina, Javier Milei, pode colher benefícios políticos do swap cambial entre Argentina e EUA, operação de US$ 20 bilhões que reforça reservas e consolida o apoio financeiro americano. (Imagem: Agência Brasil)

O acordo de swap cambial entre Argentina e EUA, formalizado nesta segunda-feira (20/10), marca a fase operacional do pacote de ajuda financeira anunciado pelo secretário do Tesouro americano, Scott Bessent.

O Banco Central da República Argentina (BCRA) confirmou que o instrumento terá valor de até US$ 20 bilhões. O objetivo do auxílio americano é reforçar as reservas internacionais e ampliar a capacidade de resposta da Argentina à volatilidade cambial. Porém, o valor representa apenas metade do pacote anunciado por Washington em 15/10, de US$ 40 bilhões.

Em comunicado, o BCRA afirmou que o swap “contribui para a estabilidade macroeconômica da Argentina, preservando a estabilidade de preços e promovendo crescimento sustentável”. Ainda, o documento destaca que o acordo “faz parte de uma estratégia integral que reforça a política monetária e fortalece a capacidade do Banco Central para responder a condições de mercado adversas”.

Acordo de swap cambial fortalece laços bilaterais entre Argentina e EUA

O swap cambial é uma operação financeira em que dois bancos centrais — no caso, o da Argentina e o dos EUA — trocam moedas entre si por um período determinado. Na prática, o BCRA recebe dólares do Tesouro americano e entrega pesos como garantia, com o compromisso de recomprar suas moedas no futuro. Esse mecanismo amplia a liquidez em moeda estrangeira e ajuda a estabilizar o câmbio. Além disso, também permite que o país tenha reservas adicionais para conter pressões especulativas sobre sua moeda.

Assim, o swap cambial entre Argentina e EUA representa um avanço na aproximação diplomática entre o governo de Javier Milei e Washington. Após semanas de incerteza política, o Tesouro americano confirmou a liberação da linha de swap e de uma linha de crédito privada de igual valor. Analistas avaliam que o movimento sinaliza mudança de tom do governo americano, que havia condicionado a ajuda ao resultado das eleições legislativas marcadas para 26/10.

Nos mercados, o pacote já mostrou efeito parcial. Após o anúncio de 15/10, os títulos soberanos argentinos com vencimento em 2035 subiram quase dois centavos, sendo negociados acima de 59 centavos por dólar. O peso argentino valorizou 0,4%, e a taxa de recompra overnight (caución) atingiu 170%, recorde histórico.

Nova etapa da política cambial argentina

Dessa forma, com o apoio norte-americano confirmado, o governo Milei tenta conter a pressão sobre o câmbio e recuperar a confiança dos investidores. O presidente argentino afirmou à CNBC que o auxílio “está garantido até 2027” e permitirá ao país honrar compromissos externos.

Embora o auxílio dê certo alívio imediato, economistas ponderam que o swap cambial entre Argentina e EUA oferece apenas fôlego temporário, sem resolver os desequilíbrios fiscais e a inflação persistente que continuam a desafiar a economia do país.

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