O governo brasileiro proibiu mais de 20 marcas de azeite ao longo de 2025, em ações coordenadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pelo Ministério da Agricultura. A proibição dos azeites tem o objetivo claro de combater fraudes, origem incerta e irregularidades sanitárias que ameaçam a saúde dos consumidores.
O que levou os azeites a serem proibidos
De acordo com as autoridades, os azeites proibidos apresentaram adulterações graves. Muitos produtos continham óleos vegetais não autorizados e tinham origem desconhecida. Além disso, algumas empresas responsáveis apresentavam registro irregular ou suspenso na Receita Federal. Essas falhas representam um sério risco à saúde pública.
Veja alguns motivos listados pelo governo federal para a proibição:
- Importação e distribuição por empresas sem CNPJ no Brasil;
- Adulteração/falsificação;
- Presença de óleos vegetais no produto;
- Não atendimento às exigências sanitárias para suas instalações;
- Não atendimento a padrões de rotulagem;
- Falta de licenciamento junto à autoridade sanitária competente;
- Incerteza sobre origem ou composição do produto.
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Marcas de azeites proibidos e casos em destaque
O caso mais recente de proibição, referente ao azeite Ouro Negro, teve todos os seus lotes totalmente vetados pelo governo. O produto foi denunciado por ter origem desconhecida e foi desclassificado pelo Ministério da Agricultura. Por isso, a Anvisa determinou a apreensão e proibiu sua comercialização, distribuição, fabricação, importação e uso.
Além disso, a empresa responsável pela importação, Intralogística Distribuidora Concept Ltda., possui CNPJ suspenso na Receita Federal. Essa situação evidencia, assim, a gravidade das fraudes e a importância de uma fiscalização contínua e rigorosa. Veja, abaixo, todas os azeites proibidos em 2025:
- Azapa;
- Doma;
- Alonso;
- Quintas D’Oliveira;
- Almazara;
- Escarpas das Oliveiras;
- La Ventosa;
- Grego Santorini;
- San Martín;
- Castelo de Viana;
- Terrasa;
- Casa do Azeite;
- Terra de Olivos;
- Alcobaça;
- Villa Glória;
- Santa Lucía;
- Campo Ourique;
- Málaga;
- Serrano;
- Vale dos Vinhedos;
- Los Nobles.
Importância da fiscalização contínua
A proibição de azeites evidencia, portanto, a necessidade de fiscalização constante e controle rigoroso para assegurar a qualidade dos azeites consumidos no Brasil. Afinal, a transparência nos processos e o combate à fraude são indispensáveis para preservar a saúde pública e a confiança do consumidor.
De acordo com especialistas, os consumidores devem desconfiar de preços muito baixos e sempre verificar a procedência do produto, antes da compra. Ademais, é essencial consultar regularmente as listas oficiais da Anvisa para evitar adquirir azeites irregulares. Da mesma maneira, é preciso que o governo reforce ainda mais a fiscalização para garantir alimentos de qualidade no mercado brasileiro.
Brasil é destaque na produção de azeite
O Brasil vem se destacando na produção de azeite de oliva de alta qualidade. Nos últimos anos, o país tem sido reconhecido pelo mundo por seus produtos superiores em sabor e pureza, chegando ao 5º lugar no ranking da Associação Mundial de Jornalistas e Escritores de Vinhos e Licores (WAWWJ).
Contudo, há desafios para aumentar a produção. Isso ocorre devido a condições climáticas específicas e a necessidade de maior investimento em tecnologia e mão de obra especializada.