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Renúncia de executivos do GPA expõe disputa pelo controle do grupo

A renúncia de executivos do GPA (Grupo Pão de Açúcar) acende um alerta sobre a instabilidade na governança da companhia. Com a saída do diretor-presidente Marcelo Ribeiro Pimentel e a nomeação de Rafael Russowsky como CEO interino, o grupo enfrenta uma nova fase de transição. A recente aprovação da venda de parte da companhia ao Grupo Coelho Diniz, que agora detém 24,5% das ações, marca uma mudança importante no controle. O que isso significa para o futuro do GPA e sua governança? Descubra!
Renúncia de executivos do GPA
Fachada do Pão de Açúcar simboliza a nova fase do GPA após a renúncia de executivos e mudanças no controle acionário. (Imagem: Divulgação)

A renúncia de executivos do GPA (Grupo Pão de Açúcar) nesta quarta-feira (22/10) ampliou o quadro de instabilidade na governança da companhia. O então diretor-presidente Marcelo Ribeiro Pimentel deixou o cargo e o conselho de administração. O grupo nomeou Rafael Russowsky como CEO interino, acumulando as funções de diretor financeiro e de relações com investidores.

O episódio ocorre semanas após o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovar a venda de parte da companhia ao Grupo Coelho Diniz, formalizada no Diário Oficial da União. Com a operação, a família mineira passou a deter 24,5% das ações, ultrapassando o grupo francês Casino, que agora possui 22,5% de participação.

Renúncia de executivos do GPA e nova liderança

A troca do comando executivo principal da companhia reflete mais uma fase da transição. O empresário André Coelho Diniz assumiu, no início de outubro, a presidência do conselho de administração, consolidando o controle brasileiro sobre o GPA. Já Pimentel, no grupo desde 2022, vinha conduzindo a expansão do modelo de proximidade, com bandeiras como Minuto Pão de Açúcar e Mini Mercado Extra, área também afetada pela saída de Fréderic Garcia, ex-diretor de negócios.

Em agosto, o Conselho Fiscal perdeu dois integrantesAndré Francez Nassar e Diego Xavier Mendes —, reforçando o cenário de pressão interna e reconfiguração da governança. O novo bloco de controle busca adequar a composição do colegiado à fatia acionária recém-conquistada, incluindo nomes técnicos e independentes.

Antes mesmo da decisão do Cade, a família Coelho Diniz já havia convocado uma Assembleia Geral Extraordinária para propor a renovação integral do conselho, sinalizando o redesenho da governança em torno de uma gestão nacionalizada.

O grupo mineiro, que opera 22 supermercados em Minas Gerais, passa a desempenhar a reorganização do GPA, que encerrou o segundo trimestre com 375 lojas, sendo 250 abertas nos últimos dois anos. A mudança encerra um ciclo de mais de duas décadas de domínio do Casino, que enfrenta dificuldades financeiras em suas operações internacionais.

Impacto da renúncia dos executivos do GPA na governança

A série de desligamentos evidencia uma disputa por influência e comando dentro do grupo. Para analistas do setor, a nomeação de Rafael Russowsky representa uma tentativa de estabilizar a gestão e garantir continuidade operacional enquanto a nova governança se consolida.

A assembleia extraordinária realizada no início deste mês realizou a destituição completa do conselho de administração. Os acionistas elegeram nove novos membros, substituindo todo o colegiado anterior.

A expectativa do mercado é que o Grupo Coelho Diniz adote um modelo de decisão mais ágil e orientado por resultados. A redução da influência estrangeira e a valorização de executivos nacionais devem moldar um novo padrão de governança corporativa no varejo brasileiro.

Nova estrutura de controle e desafios do GPA

A renúncia de executivos do GPA simboliza mais que uma mudança administrativa. Ela deve marcar o início de um ciclo de nacionalização do controle corporativo, em um setor que se tornou referência em profissionalização e disputa de capital. Com o Casino enfraquecido e o Coelho Diniz consolidado como maior acionista, o grupo passa a combinar renovação de lideranças e busca por eficiência operacional. Se bem conduzida, essa transição pode redefinir a cultura de governança e abrir espaço para novas estratégias de crescimento.

O GPA (PCAR3) encerrou com prejuízo de R$ 216 milhões no segundo trimestre de 2025. A companhia informou que os resultados do terceiro trimestre serão divulgados em 4 de novembro, após o fechamento do mercado.

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