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Banco Central acelera regulação do BaaS e define novas normas para criptoativos até o fim de 2025

O Banco Central pretende publicar até o fim de 2025 a regulação do BaaS (Banking as a Service) e o marco definitivo para criptoativos. O pacote incluirá também normas para arranjos de pagamento, capital mínimo e uso de denominações bancárias, reforçando a segurança e a transparência do sistema financeiro nacional.
"Banco Central prepara regulação do BaaS e novas normas para criptoativos"
Banco Central prepara a regulação do BaaS e o marco de criptoativos para publicação até o fim de 2025. (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

A regulação do BaaS (Banking as a Service) deve ser publicada pelo Banco Central (BC) até o fim de 2025, marcando uma nova etapa na supervisão do sistema financeiro digital. O pacote de normas incluirá também o marco regulatório para criptoativos, regras para arranjos de pagamento, além de ajustes no cálculo do capital mínimo e no uso de denominações bancárias, segundo informações obtidas junto ao setor financeiro.

A iniciativa de regulação do BaaS integra o esforço do BC para equilibrar inovação e estabilidade após uma série de ataques cibernéticos que afetaram provedores de tecnologia e instituições de pagamento neste ano. “O reforço da segurança é um trabalho contínuo”, afirmou o presidente do BC, Gabriel Galípolo, ao reforçar que novas medidas de proteção e supervisão serão implementadas nos próximos meses.

Regulação do BaaS e responsabilidade compartilhada

O modelo BaaS permite que fintechs, varejistas e plataformas digitais ofereçam serviços financeiros por meio da infraestrutura de bancos autorizados. Na consulta pública de outubro de 2024, o BC já havia sinalizado que o avanço do modelo exige maior transparência e definição clara de responsabilidades entre as partes envolvidas. O que demonstra que planos de regulação já eram intenção quanto ao modelo BaaS.

A regulação do BaaS deve estabelecer limites operacionais, critérios de compliance e obrigações específicas para os parceiros comerciais. A expectativa do mercado é que a regulação reduza riscos de falhas operacionais e irregularidades regulatórias, criando um ambiente mais seguro e previsível para o setor.

Com as novas regras, a regulação deve provocar mudanças positivas no BaaS. Além disso, entender plenamente o modelo é a chave para acompanhar as mudanças:

Criptoativos e supervisão de exchanges

Além disso, o marco dos criptoativos está em fase final de elaboração e terá três pilares principais:

  • Ativos virtuais e câmbio;
  • Autorização de prestadoras de serviços de ativos virtuais (PSAVs);
  • Regras contábeis e operacionais.

O BC pretende padronizar a supervisão sobre exchanges e custodiantes. Isso, alinhando-se às recomendações do Gafi (Grupo de Ação Financeira Internacional) e diferenciando as funções financeiras das atividades de intermediação tecnológica.

Especialistas apontam que a medida deve trazer maior transparência e controle regulatório sobre o mercado de criptomoedas, que já movimenta bilhões de reais no Brasil. O país busca se posicionar como referência em governança digital e finanças descentralizadas, num cenário de crescente integração entre inovação tecnológica e política monetária. Junto à regulação do BaaS, a iniciativa promete aumentar segurança sobre sistema financeiro digital.

Novos rumos da regulação financeira digital

Além de regulação para o BaaS e criptoativos, o Banco Central também finaliza regras para arranjos de pagamento e o uso de denominações bancárias. A norma proibirá o uso de termos como “bank” ou “banco” por empresas sem autorização oficial. Já o novo cálculo de capital mínimo, estimado em R$ 7 milhões em média, passará a considerar o tipo de atividade e o risco envolvido.

Com a regulação do BaaS, o BC consolida seu papel como autoridade de inovação regulatória e reforça a segurança do sistema financeiro digital. A convergência entre normas prudenciais e tecnologia tende a atrair mais investimentos em infraestrutura financeira. E com isso, há o estímulo a parcerias entre bancos e fintechs, além da ampliação do acesso da população a serviços digitais, com maior confiabilidade e supervisão.

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