O exercício nuclear na Rússia, confirmado na quarta-feira (22/10), ocorreu um dia depois de os Estados Unidos adiarem a reunião entre Vladimir Putin e Donald Trump, que discutiria novas propostas de paz para a guerra na Ucrânia. Segundo o Kremlin, o teste envolveu o lançamento de mísseis balísticos intercontinentais a partir de bases terrestres, submarinos e aeronaves — armamentos capazes de atingir o território americano.
O vídeo oficial divulgado por Moscou mostra o general Valery Gerasimov, chefe do Estado-Maior, relatando os resultados diretamente a Putin. Embora o governo afirme que o teste nuclear russo fizesse parte do cronograma anual, diplomatas interpretam o gesto como resposta simbólica ao impasse diplomático com Washington.
Exercício nuclear na Rússia e o impasse diplomático com os EUA
O exercício nuclear na Rússia ocorre em meio à tentativa do Kremlin de reafirmar seu poderio militar, enquanto a guerra na Ucrânia ultrapassa três anos e oito meses. Na segunda-feira (20), a Casa Branca informou que Trump “não quer ter uma reunião desperdiçada”, suspendendo o encontro até “condições mais produtivas”.
O porta-voz russo Dmitry Peskov respondeu que “é necessária uma preparação completa antes disso, e isso leva tempo”.
Fontes em Moscou afirmam que a decisão americana foi recebida com irritação nos bastidores, reforçando a percepção de desconfiança entre os dois governos. A execução do exercício nuclear na Rússia no dia seguinte fortaleceu a leitura de que Moscou tenta manter o controle da narrativa estratégica em meio ao isolamento internacional.
A Otan e a nova disputa nuclear com a Rússia
O exercício nuclear na Rússia aconteceu no mesmo mês em que a Otan realizou manobras nucleares na Europa, ampliando a competição simbólica entre as potências. Analistas afirmam que a coincidência reacende a lógica de pressão e contrarresposta, típica dos períodos mais tensos da Guerra Fria. Especialistas destacam ainda que a simulação nuclear da Rússia busca reforçar sua posição em negociações futuras com os Estados Unidos.
Europa reage: Suécia fortalece Kiev com caças Gripen
A Suécia assinou uma carta de intenção para exportar caças Gripen à Ucrânia. O acordo amplia o apoio europeu a Kiev e acentua o isolamento militar da Rússia.
“Iniciamos o trabalho para obter Gripens… e esperamos adquirir nada menos que 100 jatos”, declarou o presidente Volodymyr Zelensky.
Nova etapa teste nuclear russo
A manobra nuclear russa reforça a distância entre diplomacia e força militar. O gesto pressiona Washington e evidencia a fragilidade das conversas de paz. Especialistas avaliam que o episódio simboliza o retorno do poder nuclear como ferramenta e reposiciona Moscou no centro das tensões globais.









