O confronto entre Ambipar e Bradesco ganhou força na quarta-feira (22/10), após decisões judiciais em São Paulo e o pedido de recuperação judicial do grupo no Rio de Janeiro. O banco tenta preservar seus créditos, enquanto a companhia busca tempo para reorganizar sua dívida bilionária.
Em São Paulo, a 18ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) aceitou o pedido do Bradesco contra a venda de bens do diretor de Integração e Finanças da Ambipar, Thiago da Costa Silva. A medida, que dá publicidade ao litígio, impede a alienação sem transparência e reforça a ofensiva judicial do banco. Contudo, o processo envolvendo o controlador Tércio Borlenghi Júnior foi extinto pela 3ª Vara Cível, decisão que favoreceu momentaneamente a Ambipar e ajudou a sustentar a alta das ações na B3.
Ambipar e Bradesco disputam espaço nos tribunais
O pedido de recuperação judicial da Ambipar foi protocolado na 3ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro na segunda-feira (20/10). A empresa alega que busca preservar empregos e continuidade operacional, enquanto negocia com bancos e fornecedores. O Bradesco, principal credor, acompanha de perto o caso e tenta ampliar suas salvaguardas para recuperar parte do montante devido.
Segundo especialistas em direito empresarial ouvidos pelo Economic News Brasil“a ofensiva do Bradesco reflete uma nova postura dos credores diante das grandes reestruturações corporativas”.
O prejuízo da Ambipar tem sido recorrente.
Segundo os mesmos, as petições apresentadas buscam garantir a integridade do patrimônio da empresa e reforçar a transparência sobre a gestão financeira.
Confira no vídeo mais informações do caso da Ambipar:
Embate judicial deve moldar novas práticas
Para a Ambipar, a viabilidade do plano dependerá da confiança dos credores e da capacidade de manter as operações em meio à crise de liquidez. Em um ambiente de crédito restrito, a forma como os tribunais interpretarão as ações de ambas as partes pode definir o alcance das futuras reestruturações empresariais no país.
Dívida da Ambipar no mercado
A Ambipar afirma que a medida visa estruturar R$ 10,5 bilhões em dívidas, preservar operações, manter 23 mil empregos.
O embate judicial entre Ambipar e Bradesco tende a influenciar outros processos de recuperação em curso. O caso evidencia a tentativa dos bancos de responsabilizar administradores e de exigir práticas contábeis mais claras.









