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IPCA-15 de outubro desacelera para 0,18% com queda nos alimentos

A prévia da inflação medida pelo IPCA-15 de outubro desacelerou para 0,18%, menor taxa desde junho, segundo o IBGE. O índice foi influenciado pela queda nos preços de alimentos e energia elétrica, que compensou altas em combustíveis e serviços. Em 12 meses, a taxa acumulada recuou para 4,94%, dentro do intervalo da meta do Banco Central.
IPCA-15 de outubro mostra desaceleração e estabilidade dos preços
IPCA-15 de outubro desacelera para 0,18%, refletindo estabilidade nos preços e alívio nos grupos de alimentação e energia. (Imagem: Freepik)

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de outubro apresentou alta de 0,18%, segundo relatório divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira (24/10). O resultado representa uma desaceleração acentuada frente a setembro, quando o índice havia subido 0,48%.

  • Acumulado em 2025: +3,94%
  • Acumulado em 12 meses: +4,94% (ante 5,32% no período anterior)

A leitura indica que a inflação segue em trajetória de moderação, com alívio concentrado nos alimentos e na energia elétrica. O comportamento do índice mostra que as variações continuam pontuais e não sugerem repasses amplos aos demais setores.

Queda dos alimentos ajuda a conter o IPCA-15 de outubro

O grupo Alimentação e bebidas registrou retração de 0,02%, quinta queda consecutiva, sendo o principal fator de contenção da inflação.

  • Cebola: -7,65%
  • Arroz: -1,37%
  • Leite longa vida: -1,00%
    Esses recuos compensaram as altas do óleo de soja (+4,25%) e das frutas (+2,07%), o que reduziu a pressão sobre o orçamento doméstico.

A estabilidade na alimentação reflete tanto o recuo de hortifrútis quanto a melhora na oferta de grãos. Segundo o IBGE, a desaceleração desse grupo tem sido essencial para manter o índice geral em níveis moderados desde o meio do ano.

Energia elétrica e combustíveis mostram direções opostas

No IPCA-15 de outubro, o grupo Habitação, o aumento foi de 0,16%, ritmo bem inferior ao observado em setembro (3,31%). A principal influência negativa veio da energia elétrica residencial (-1,09%), afetada pela bandeira tarifária vermelha patamar 1, que adiciona R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos.

  • Gás de botijão: +1,44%
  • Aluguel residencial: +0,95%

Já em Transportes, a alta de 0,41% foi responsável pelo maior impacto positivo no IPCA-15 de outubro (+0,08 ponto percentual).

  • Etanol: +3,09%
  • Gasolina: +0,99%
  • Óleo diesel: +0,01%
  • Passagens aéreas: +4,39%

Esses reajustes, ainda que pontuais, mantêm influência relevante sobre o custo de vida, sobretudo nas regiões dependentes do transporte individual.

Desempenho regional do IPCA-15 de outubro

O IPCA-15 divulgado em outubro foi calculado a partir de preços coletados em onze áreas do país: as regiões metropolitanas de Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.

Entre essas áreas, sete registraram alta em outubro, com destaque para:

  • Goiânia: +1,30%, impulsionada pelo etanol (+23,8%) e pela gasolina (+10,36%);
  • Porto Alegre: +0,40%;
  • São Paulo: +0,21%;
  • Brasília: +0,26%.

As menores variações ocorreram em:

  • Belém: -0,14%, afetada por quedas do açaí (-6,77%) e do frango inteiro (-3,55%);
  • Rio de Janeiro: -0,05%;
  • Salvador: -0,04%.

Essa dispersão mostra como os combustíveis continuam a exercer influência localizada sobre a inflação regional, enquanto o recuo dos alimentos ajuda a conter os índices em boa parte do país.

Serviços e lazer mantêm pressões pontuais

Além dos combustíveis, no IPCA-15 de outubro, o grupo Despesas pessoais subiu 0,42%, influenciado por pacotes turísticos (+1,97%), empregado doméstico (+0,52%) e atividades culturais (+2,05%). Embora de menor peso, esses segmentos continuam a pressionar o orçamento das famílias de maior renda.

Segundo o IBGE, o comportamento desses serviços indica um reajuste pontual, sem contaminação para outras categorias. No acumulado de 12 meses, os serviços pessoais ainda mostram avanço acima da média do índice geral, mas em trajetória de estabilidade desde agosto.

Ritmo contido do índice prévio sustenta projeções positivas

O IPCA-15 de outubro confirma a tendência de inflação sob controle, com 4,94% em 12 meses — dentro do intervalo da meta do Banco Central. A queda nos alimentos e a normalização das tarifas de energia reduzem riscos de aceleração, enquanto a pressão dos combustíveis permanece localizada. Esse cenário reforça a perspectiva de fechamento do ano com inflação estável e ambiente favorável à manutenção da política de juros.

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