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Meta demite 600 funcionários em reestruturação de divisão de IA

Em comunicado, a Meta informe que demite 600 funcionários de sua divisão de inteligência artificial em nova reestruturação liderada por Mark Zuckerberg. A medida busca reduzir custos, acelerar decisões e reposicionar a empresa na disputa global por superinteligência frente a rivais como OpenAI, Google e Microsoft.
Mark Zuckerberg durante apresentação; Meta demite 600 funcionários em reestruturação de IA.
Cortes em equipe de IA fazem parte da estratégia de reestruturação voltada à superinteligência e à disputa com OpenAI e Google. (Foto: Anthony Quintano / Flickr)

A Meta demitiu 600 funcionários de sua divisão de inteligência artificial em um novo ajuste estrutural, conforme anunciado nesta quarta-feira (22/10). As dispensas atingem o Superintelligence Labs, núcleo criado por Mark Zuckerberg para centralizar os esforços da empresa em pesquisa avançada de IA. O corte representa cerca de 20% da equipe de três mil pessoas, segundo informações de fontes do Economic News Brasil

O comunicado feito pela Meta faz parte de uma estratégia para corrigir o excesso de contratações dos últimos três anos e tornar o grupo mais ágil. De acordo com o chefe de IA da companhia, Alexandr Wang, o objetivo é reduzir camadas de decisão e aumentar a autonomia técnica das equipes.

“Com uma equipe menor, menos conversas serão necessárias para decidir, e cada pessoa terá mais escopo e impacto”, escreveu Wang em comunicado interno.

Demissão de funcionários é aposta em metas mais rápidas

O processo de reorganização não afeta as novas contratações de elite, algumas delas com remunerações que chegam a centenas de milhões de dólares. Desde junho, Zuckerberg vem recrutando nomes de ponta, após investir US$ 14,3 bilhões na startup ScaleAI, cofundada por Wang. O movimento busca impulsionar o desenvolvimento de sistemas de superinteligência, conceito que descreve máquinas capazes de ultrapassar o raciocínio humano.

Em agosto, o grupo foi dividido em quatro frentes: FAIR (pesquisa), superinteligência, produtos e infraestrutura. As demissões na Meta atingiram principalmente as três últimas áreas, enquanto a equipe responsável pelos grandes modelos de linguagem — chamada internamente de TBD — permaneceu intacta. Segundo fontes, o time de Wang reúne talentos vindos de OpenAI, Google e Microsoft.

Pressão na Meta aumenta após a demissão de 600 funcionários

O corte expressivo ocorre em meio à disputa crescente entre as gigantes tecnológicas. Desde a chegada do ChatGPT, em 2022, OpenAI, Google e Microsoft passaram a dominar a narrativa sobre IA generativa. Enquanto isso, a Meta, embora tenha lançado o modelo Llama, enfrentou atrasos e retrabalho em parte de seus projetos. Especialistas do setor avaliam que a empresa tenta agora recuperar terreno perdido com uma estrutura mais enxuta e decisões centralizadas em Zuckerberg e Wang.

Segundo porta-voz da companhia, “a Meta não está recuando em seus esforços de IA; a superinteligência continua sendo uma das prioridades máximas de Zuckerberg”.

Analistas apontam que a redução de quadro da Meta visa liberar recursos para acelerar o lançamento de novos produtos voltados à integração de IA no Facebook, Instagram e WhatsApp.

Nova fase da estratégia de inteligência corporativa

Após o comunicado sobre a demissão dos 600 funcionários, a Meta também anunciou que, a partir de 2026, vai bloquear o uso de chatbots externos, como o ChatGPT, em seus aplicativos de mensagens. A medida reforça o esforço de manter o controle sobre o ecossistema de IA e as interações de seus três bilhões de usuários.

O episódio mostra como a disputa pela inteligência generativa se converteu em uma guerra por dados e influência. A Meta, que demitiu 600 de seus funcionários para ajustar sua estrutura, tenta equilibrar cortes de custo com investimentos bilionários em talentos e infraestrutura. O sucesso dessa estratégia dependerá da capacidade de Wang e sua equipe de transformar o foco em superinteligência em vantagem competitiva real.

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