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Prejuízo bilionário da Usiminas no 3T25 reflete impairment contábil

No terceiro trimestre de 2025, a Usiminas registrou um prejuízo bilionário de R$ 3,5 bilhões, revertendo o lucro do ano anterior. Apesar desse impacto contábil, a empresa destacou uma melhora operacional, com um EBITDA ajustado em alta e geração de caixa sólida. A pressão das importações, especialmente da China, continua a ser um desafio, mas a Usiminas se mantém otimista quanto à sua estrutura de capital, que apresenta sinais de solidez.

O prejuízo da Usiminas no 3T25 chegou a R$ 3,5 bilhões, revertendo o lucro de R$ 185 milhões obtido no mesmo período do ano anterior (24/10). A perda, embora contábil, ofuscou sinais de melhora operacional no trimestre, com indicadores de geração de caixa e eficiência financeira.

Segundo a companhia, o prejuízo decorre de impairment de ativos no valor de R$ 2,2 bilhões, além de uma baixa contábil de R$ 1,4 bilhão relativa à avaliação de impostos diferidos. “Esses lançamentos não têm efeito no caixa”, informou a empresa. Sem esses ajustes, o lucro líquido ajustado teria sido de R$ 108 milhões, com geração de caixa e alavancagem sob controle.

O que é impairment contábil

O impairment contábil ocorre quando um ativo da empresa perde valor de forma permanente e precisa ser ajustado nos balanços. Esse reconhecimento é obrigatório pelas normas contábeis e reflete a diferença entre o valor registrado e o valor real recuperável do ativo. Embora não afete o caixa da companhia, esse ajuste impacta diretamente o lucro do período, como no caso da Usiminas no 3T25.

Prejuízo bilionário da Usiminas não afetou geração de caixa

Apesar do resultado da Usiminas no 3T25 ter sido impactado por fatores contábeis, o EBITDA ajustado subiu 2% na comparação anual, totalizando R$ 434 milhões.

A receita líquida caiu 3% na comparação com o 3T24, somando R$ 6,6 bilhões. O volume de vendas de aço recuou 2%, enquanto o de minério cresceu 9%, impulsionado pela valorização dos preços e maior demanda externa. Esse desempenho da mineração ajudou a compensar parcialmente os impactos da queda na receita industrial.

Pressão da concorrência chinesa agrava resultado da Usiminas

A Usiminas voltou a destacar o impacto das importações em condição de competição desleal, sobretudo de origem chinesa.

“Apesar da pressão cada vez maior das importações, apresentamos evolução positiva no EBITDA e na geração de caixa no 3T25”, informou a administração.

A empresa menciona medidas já adotadas por Estados Unidos, Europa e México para restringir a entrada de aço subsidiado como referência para o Brasil.

Internamente, há investigações antidumping em curso, conduzidas pelo governo federal. A companhia reforça sua expectativa de que sejam aplicadas medidas para reequilibrar o ambiente competitivo e preservar empregos na cadeia siderúrgica nacional.

Balanço deficitário contrasta com alívio na dívida

Mesmo com o prejuízo da Usiminas no terceiro trimestre de 2025, a estrutura de capital apresentou sinais de solidez. A dívida líquida recuou para R$ 327 milhões, uma redução de 49% em relação ao 3T24. A relação dívida líquida/EBITDA foi de apenas 0,16x, indicando baixo risco financeiro.

O caixa e aplicações somaram R$ 6 bilhões, e o capital de giro foi de R$ 6,58 bilhões, reforçando a liquidez da companhia. Os investimentos (CAPEX) totalizaram R$ 266 milhões, 32% acima do mesmo período do ano anterior. Segundo a Usiminas, as ações de controle de capital de giro contribuíram para preservar caixa e mitigar impactos do cenário externo adverso.

O prejuízo da Usiminas no 3T25 contrasta com a redução do endividamento e a geração operacional positiva — um sinal de que o efeito contábil não altera o fôlego financeiro da companhia no curto prazo.

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