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Pequenos negócios no Brasil sustentam 43,7 milhões de pessoas, mostra Atlas do Sebrae

O Atlas dos Pequenos Negócios 2025, do Sebrae, revela que 43,7 milhões de brasileiros dependem da renda de micro e pequenas empresas. Com 19,5 milhões de empreendimentos ativos, o segmento reafirma seu papel essencial na economia e na geração de renda.
pequenos negócios no Brasil geram renda para milhões de famílias
Os pequenos negócios no Brasil sustentam mais de 43 milhões de brasileiros, segundo o Atlas dos Pequenos Negócios 2025, do Sebrae. (Imagem: Freepik)

Os pequenos negócios no Brasil continuam sendo um dos pilares da economia nacional. A constatação vem da segunda edição do Atlas dos Pequenos Negócios 2025, elaborado pelo Sebrae e publicado em setembro. O relatório mostra que 43,7 milhões de pessoas vivem direta ou indiretamente da renda gerada por micro e pequenas empresas (MPEs) e microempreendedores individuais (MEIs).

De acordo com o documento, o país encerrou 2024 com 19,5 milhões de pequenos negócios ativos, dos quais 9,8 milhões são MEIs e 9,7 milhões MPEs. Juntos, esses empreendimentos respondem por cerca de 30% do PIB brasileiro e 56% dos empregos formais.

Os indicadores de renda reforçam a relevância do segmento:

  • Renda familiar média das MPEs: R$ 13.305,99 (2024)
  • Renda familiar média em 2022: R$ 10.871,55
  • Renda per capita média: R$ 4.132

Esses números mostram que o empreendedorismo de pequeno porte sustenta o consumo doméstico de milhões de famílias e ajuda a reduzir desigualdades regionais.

Os pequenos negócios no Brasil e a formalização

Segundo o Atlas dos Pequenos Negócios 2025, a formalização dos empreendedores por conta própria segue estável, com 46% dos trabalhadores registrados com CNPJ. Além disso, em 2024, 2,5 milhões de brasileiros deixaram a informalidade e abriram um pequeno negócio próprio.

O relatório mostra que a taxa de sobrevivência das micro e pequenas empresas alcançou 89,1% no ciclo 2020–2024, enquanto entre os microempreendedores individuais o índice foi de 66,6%. Essa diferença, segundo o Sebrae, reflete o fato de que as MPEs costumam ter estrutura mais sólida, com capital inicial maior e acesso facilitado a crédito. Já os MEIs enfrentam margens menores e dependem mais de condições locais de demanda.

Nesse contexto, o Sebrae usa a métrica de sobrevivência para avaliar a eficácia das políticas públicas e o ambiente de negócios no país. O estudo também destaca o avanço da formalização digital, principalmente em cidades médias, impulsionada por meios eletrônicos de pagamento e plataformas de gestão simples. Um facilitador para incentivos à abertura de pequenos negócios no Brasil.

Mudanças estruturais e desafios

O perfil do empreendedor brasileiro está mudando. A maioria tem entre 35 e 49 anos, ensino médio completo e depende exclusivamente do próprio negócio como fonte de renda. As mulheres já representam 35% dos pequenos negócios no Brasil, e a participação de empreendedores pretos e pardos cresce, principalmente no comércio e nos serviços pessoais.

Por outro lado, ainda há fortes diferenças regionais. As regiões Norte e Nordeste concentram as maiores taxas de informalidade e exibem renda média inferior à do Centro-Sul. O Sebrae aponta que custos de insumos elevados e restrições de crédito continuam entre os principais entraves à competitividade, especialmente para negócios com menor digitalização.

Nesse cenário, a instituição desenvolveu um sistema de análise de dados e segmentação comportamental, agrupando empreendedores conforme escolaridade, maturidade e nível de digitalização. Essa abordagem permite criar políticas regionais de fomento mais precisas e adaptadas à realidade local.

“O Atlas é um conjunto de dados e informações que nos ajudam a entender mais profundamente o universo dos Pequenos Negócios brasileiros, para que possamos continuar a transformar o País por meio do empreendedorismo”, afirma Décio Lima, presidente do Sebrae.

Panorama de futuro

O Atlas dos Pequenos Negócios 2025 prevê um avanço moderado do setor, sustentado por três eixos principais: digitalização, crédito produtivo e formação técnica. A expectativa é que, até 2026, 70% dos microempreendedores individuais passem a vender por canais digitais, ampliando o alcance de seus produtos e serviços.

Enquanto isso, o fortalecimento dos pequenos negócios no Brasil segue como peça-chave da estratégia nacional de inclusão produtiva e mobilidade social. Essa base empreendedora continua a gerar renda, sustentar empregos e impulsionar o desenvolvimento local — confirmando seu papel essencial na economia do país.

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